Política

Presidente Jair Bolsonaro critica benefício emergencial próprio dos estados

'Querem fazer o Bolsa Família próprio', disse presidente a apoiadores, após também se manifestar contra a adoção de medidas de isolamento

Por Terra 13/03/2021 08h08 - Atualizado em 13/03/2021 08h08
Presidente Jair Bolsonaro critica benefício emergencial próprio dos estados
Bolsonaro critica auxílio emergencial próprio dos Estados - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro criticou governadores por criarem programas próprios de auxílio emergencial. O benefício do governo federal acabou em dezembro e só deve ser retomado em abril, conforme revelou o Estadão/Broadcast. Na próxima segunda-feira, 15, o Congresso deve promulgar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, que autoriza o novo pagamento pela União.

Além de criticar os auxílios, Bolsonaro também voltou a se manifestar contra as medidas de isolamento. Para especialistas e autoridades sanitárias, porém, o lockdown é a única medida a ser adotada para conter o avanço da covid-19 antes de a população ser vacinada porque evita o colapso do sistema hospitalar. Além disso, o auxílio financeiro foi criado como renda para que as pessoas façam o isolamento social.

"Pessoal vai devagar, devagar, tirando seus meios, tirando sua esperança, tirando teu ganha-pão, você a passar a ser sustentado pelo Estado. Você viu que tem governador agora falando em auxílio emergencial? Querem fazer o Bolsa Família próprio", disse Bolsonaro em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, durante a manhã desta sexta-feira, 12. "Quanto mais gente vivendo de favor do Estado, mais dominado fica esse povo."

Conforme o Estadão informou em fevereiro, governadores e prefeitos criaram ou prorrogaram programas próprios para atenuar a ausência de renda e o desemprego acentuados com a pandemia de covid-19. A iniciativa ocorreu em cidades de ao menos 14 Estados diante da incerteza sobre a renovação do auxílio emergencial do governo federal.

Apesar da crítica ao movimento de governadores e prefeitos, o presidente da República anunciou nos últimos dias uma nova rodada do benefício com quatro parcelas de R$ 250 em média.