Justiça

Caso Bia: Acusado de estuprar e matar criança de 6 anos vai a júri popular

Não há data marcada para a realização do julgamento popular

Por 7Segundos com assessoria 11/03/2021 11h11
Caso Bia: Acusado de estuprar e matar criança de 6 anos vai a júri  popular
Ana Beatriz foi estuprada e morta em 06 de Agosto de 2020 - Foto: reprodução

Edvaldo dos Santos, vulgo "Santinho" está a preso desde o dia 06 de agosto de 2020, quando estuprou e matou por asfixia a pequena Ana Beatriz Rodrigues Rocha, 6 anos. Após cometer esse crime hediondo, ele colocou o corpo da menina em um saco plástico e jogou em cima do telhado da própria residência. O crime ocorreu no município de Maravilha, no Sertão alagoano. Na última terça-feira (09), o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), decidiu que o acusado vai a júri popular. Não foi marcada data para o julgamento.

A decisão proferida pelo juiz André Gêda Peixoto Melo, da Vara Única de Maravilha, decidiu que o réu deve ir a júri popular pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e estupro de vulnerável, A defesa ainda pode recorrer ao Tribunal de Justiça contra a decisão de pronúncia.

O juiz considerou que há no processo indícios de materialidade do fato e autoria do réu, inclusive com as qualificadoras por uso de meio cruel e pelo fato de o homicídio ter sido cometido, supostamente, para ocultar outro crime, no caso, o estupro.

"Havendo indícios de que o réu teria escolhido causar sofrimento excessivo à vítima, o que configuraria, em tese, até mesmo o delito autônomo de tortura, caso não fosse meio empregado para crime mais grave (homicídio), é imperiosa a manifestação do júri popular quanto a esta qualificadora", diz a sentença.

O crime

Na madrugada do dia 06 de agosto do ano passado, Edvaldo dos Santos ingeria bebidas alcoólicas na casa da vítima, onde também se encontravam, na ocasião, mãe e irmã da criança.

Já de madrugada, Ana Beatriz teria então sido conduzida por Edvaldo para a residência dele. O réu praticou conjunção carnal com a criança, conforme indica laudo pericial. Na sequência, teria estrangulado a vítima e colocado o corpo em um saco, que foi escondido no telhado da casa, e encontrado no local posteriormente pela Polícia Militar.

O crime chocou o município sertanejo e a população revoltada ainda tentou linchar o estuprador, que na época do crime teve que ser escoltado pela polícia para a delegacia de outro município.

No depoimento à polícia, Edvaldo confessou o crime, mas posteriormente, em depoimento à Vara de Maravilha, alegou que não se lembrava de nada porque estava bêbado e havia usado crack.