Covid -19

Mundo está prestes a atingir marca de 3 milhões de mortes pela Covid-19

Brasil é o segundo país com mais vítimas fatais da doença e o que pior lidou com a pandemia, segundo estudo

Por Erick Balbino 11/03/2021 10h10 - Atualizado em 11/03/2021 13h01
Mundo está prestes a atingir marca de 3 milhões de mortes pela Covid-19
Mundo se aproxima das 3 milhões de mortes pela Covid-19 - Foto: Reuters

O mundo inteiro vive sua pior crise em Saúde da sua história contemporânea. O coronavírus se espalhou por todo o globo contabilizando um número trágico de aproximadamente 2.615 milhões de mortos.

Estados Unidos, Brasil e México são os três países com os maiores números de mortos registrados até o momento, segundo a Johns Hopkins University. As três nações juntas já somam quase 1 milhão de óbitos causados pela Covid-19.

Nem países extremamente populosos, como China e Índia contabilizaram tantas mortes quanto os três países americanos. Ainda de acordo com o ranking da Johns Hopkins University, A China, mesmo com cerca de 1,44 bilhão de habitantes, contabilizou cerca de 4.839 mortes; A Índia, com 1,38 bilhão de habitantes, registrou 158.063 mortes.

Na China, são registrados 3 mortes para cada 1 milhão de habitantes; Na Índia são 115/1 milhão.

Estudo aponta o Brasil como sendo o país que pior lidou com a pandemia:

Dados de um estudo promovido pelo Lowy Instituto de Sydney apontaram que a Nova Zelândia foi o país que melhor lidou com a pandemia de coronavírus. Por lá, a maior parte da rotina foi retomada normalmente.

O mesmo estudo aponta o Brasil, maior país da América Latina, como sendo o que pior administrou a pandemia. Por aqui, a segunda onda da Covid-19 tem causado recordes diários de mortes. EUA também aparece negativamente no ranking.

O estudo analisou quase 100 países de acordo com seis critérios, como casos confirmados, mortes e capacidade de detecção do vírus.

O 'negacionismo' é apontado como o principal culpado pela péssima administração da pandemia no Brasil e nos EUA. Os dois países mais populosos do continente americano tiveram em comum governos de líderes populistas nacionalistas - Jair Bolsonaro e Donald Trump - que minimizaram ativamente a ameaça, promovendo aglomerações e ridicularizando os cuidados básicos proposto pela Organização Mundial da Saúde, como o uso de máscara, e distanciamento social.

Brasil vs EUA

Já no primeiro dia como novo presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden deixou claro que sua prioridade, neste momento, é o combate à pandemia. Discurso bem diferente do seu principal opositor e ex-presidente Donald Trump.

As ações de Biden a frente da maior potência mundial já tem melhorado os índices relativos à doença no país. O ritmo de aplicação das vacinas contra à Covid-19 continua subindo a cada dia, aproximando o país da imunidade de rebanho. Ou seja, o ponto em que um número suficiente de pessoas está protegido contra uma doença, fazendo com que ela não se dissemine de maneira acelerada.

Os Estados Unidos têm vacinado cerca de R$2 milhões de americanos por dia e a tão sonhada imunidade de rebanho pode ser alcançada até agosto.

Já no Brasil, os números não são nada bons. Por aqui, menos de 9 milhões de pessoas tomaram a primeira dose das vacinas disponíveis.

Se o país continuar seguindo este ritmo lento de vacinação, a imunidade de rebanho só será atingida em abril de 2022. Os dados são da consultoria Airfinity, usada pelo setor farmacêutico global como principal fonte de informações e inteligência sobre o ritmo de vacinação no mundo e acordos com a indústria.