Justiça

População deve acreditar na resposta do Judiciário contra a violência doméstica, afirma juiz

Titular do Juizado da Mulher a reforça a importância de as denúncias chegarem à Justiça

Por Assessoria 10/03/2021 11h11
População deve acreditar na resposta do Judiciário contra a violência doméstica, afirma juiz
Juiz Alexandre Machado, do Juizado da Mulher de Arapiraca - Foto: Assessoria

O juiz Alexandre Machado, do Juizado da Mulher de Arapiraca, afirmou que a população deve acreditar na resposta do Judiciário contra a violência doméstica e familiar. "Temos estrutura para fazer esse enfrentamento e proteger a mulher vítima de violência", garantiu, em entrevista à TV Tribunal.

Para o magistrado, o país vive duas pandemias: a de coronavírus e a de violência doméstica. "É uma violência permanente, duradoura que acontece dentro de um espaço de acolhimento. Ela tem aumentado de forma significativa e é importante que todos nós passemos a esse enfrentamento".

Alexandre Machado explicou que muitas mulheres têm dificuldade em romper o ciclo da violência, motivo pelo qual às vezes há a necessidade de intervenção de um familiar, amigo ou vizinho. "É importante que a denúncia chegue [à Justiça] para que a gente possa atuar e fazer a proteção dessa mulher. Pode ser procurando a Patrulha Maria da Penha, ligando para o 180, para o 190, procurando o próprio Juizado ou o Ministério Público", lembrou.

Semana da Justiça


Desde a última segunda (8), unidades judiciárias de todo o país estão concentrando esforços no julgamento de casos envolvendo violência doméstica e familiar. A Semana da Justiça pela Paz em Casa segue até esta sexta (12), com audiências virtuais por causa da pandemia.

Em Arapiraca, o Juizado da Mulher pautou cerca de 80 audiências. Segundo o juiz, são audiências de instrução criminal e que envolvem medidas protetivas. "A vítima tem a oportunidade de falar como está sendo o cumprimento dessas medidas e fazer alguma outra solicitação. A gente também resolve a questão da guarda [dos filhos] durante o encontro", explicou o magistrado. A força-tarefa é coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).