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Brasil completa 33 dias seguidos com média de mortes por covid acima de mil

De ontem para hoje, houve 30.231 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil. Desde o início da pandemia, 10.197.531 pessoas foram infectadas no país.

Por Uol Notícias 22/02/2021 20h08
Brasil completa 33 dias seguidos com média de mortes por covid acima de mil
Mortes por coronavírus no Brasil - Foto: Reprodução

Pelo 33º dia consecutivo, o Brasil apresenta média de mais de mil mortes provocadas pela covid-19. A média de óbitos nos últimos sete dias é de 1.055. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado em dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.

Este é o período mais longo no qual o país registra média diária acima de mil mortes por covid-19. Até então, a marca anterior era de 31 dias, entre 3 de julho e 2 de agosto de 2020. Outro recorde também foi superado neste ano: em 14 de fevereiro, a média de óbitos foi de 1.105, a mais alta em toda a pandemia. No ano passado, o maior número foi de 1.097, verificado em 25 de julho.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 716 novas mortes causadas pela doença no país, atingindo um total de 247.276 vítimas. Os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais.

De ontem para hoje, houve 30.231 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil. Desde o início da pandemia, 10.197.531 pessoas foram infectadas no país.

Dados da Saúde


O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (22) que o Brasil registrou 639 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 247.143 óbitos causados pela doença.

De ontem para hoje, houve 26.986 casos confirmados da doença, segundo o Ministério. O total de infectados subiu para 10.195.160 desde o começo da pandemia.

De acordo com o governo federal, 9.139.215 pessoas se recuperaram da covid-19. Outras 808.802 permanecem em acompanhamento.

São Paulo anunciará restrições na quarta; Paraíba impõe toque de recolher


O Centro de Contingência em São Paulo antecipou hoje que o governo paulista anunciará novas restrições recomendadas pelo próprio comitê para tentar conter a disseminação do novo coronavírus no estado. João Gabbardo, coordenador-executivo do grupo, lembrou que São Paulo atingiu um novo recorde de pessoas internadas em UTIs com covid-19, e que por esse motivo foram feitas "recomendações extraordinárias" à gestão do governador João Doria (PSDB).

"O Centro de Contingência apresentou recomendações extraordinárias. O governo está fazendo a análise, preparando atos do ponto de vista jurídico e essas medidas serão anunciadas na quarta-feira (24) para entrar em vigor na sexta-feira (26)", afirmou Gabbardo durante entrevista coletiva sobre a pandemia, após citar o recorde histórico de 6.410 pessoas internadas em UTIs no estado, registrado hoje.

Na região de Araraquara, por exemplo, a circulação da variante de Manaus já provocou um colapso no sistema de saúde na semana passada e quatro cidades estão vivendo um lockdown rígido, no qual nem supermercados podem funcionar.

Já outros estados anunciaram hoje medidas para conter a transmissão do coronavírus. O governo da Paraíba anunciou toque de recolher entre 22h e 5h, e proibirá acesso as praias de João Pessoa. A Prefeitura de Salvador voltará a bloquear praias e clubes, enquanto a cidade de Natal reduziu o horário de bares e restaurantes, além de proibir música ao vivo.

Veículos se unem pela informação


Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.