Saúde

Vacina de Oxford tem eficácia de 100% e deve ser aprovada nesta semana

Entre as vacinas já aprovadas para uso na população, a da Pfizer/BioNTech tem eficácia de 95%, enquanto a da Moderna é de 94%. Segundo a Rússia, a Sputnik V tem eficácia de 91,4%

Por Estadão 29/12/2020 10h10
Vacina de Oxford tem eficácia de 100% e deve ser aprovada nesta semana
Vacina contra a Covid-19 - Foto: Rafael Rigues


Em uma entrevista ao jornal britânico “The Sunday Times” o CEO da empresa farmacêutica AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou que sua vacina contra Covid-19 deve ser aprovada pelo Reino Unido “nesta semana”. Mais conhecida como a “Vacina de Oxford”, a AZD 1222 tem vantagens sobre a formulação da Pfizer/BioNTech, já em uso em vários países.

Entre elas estão o custo mais baixo, cerca de US$ 4 (R$ 20,87) por dose, e a maior facilidade no armazenamento. Enquanto a concorrente precisa ser armazenada em câmaras frias a -70 °C, a vacina de Oxford pode ser armazenado nas mesmas geladeiras usadas para vacinas comuns, com temperaturas de 2 a 8 °C.

Em novembro a AstraZeneca anunciou que a vacina de Oxford tinha eficácia de 62% em voluntários que receberam duas doses e 90% em quem recebeu meia dose, seguida de uma dose completa. Após admitir que o segundo regime de aplicação foi resultado de um “erro humano”, a farmacêutica prometeu apresentar resultados de testes extras.

Segundo Soriot, os novos resultados mostram que a vacina de Oxford tem eficácia de “100%” na prevenção de casos graves de Covid-19. Entre as vacinas já aprovadas para uso na população, a da Pfizer/BioNTech tem eficácia de 95%, enquanto a da Moderna é de 94%. Segundo a Rússia, a Sputnik V tem eficácia de 91,4%.

Idosa que reside em asilo foi a primeira vacinada na Costa Rica. Crédito: Casa Presidencial de Costa Rica

Nova mutação

Uma nova variante do vírus Sars-CoV-2 encontrada no final de outubro preocupa autoridades de saúde, pois pode ser até 70% mais contagiosa do que a cepa original. A descoberta levou mais de 40 países a proibir a entrada de pessoas vindas do Reino Unido, onde a mutação está em circulação e se espalha “com velocidade assustadora”.

Questionado sobre a eficácia da vacina de Oxford contra esta variante do vírus, Soriot afirmou: “pensamos por ora que a vacina deve continuar a ser eficaz. Mas não podemos ter certeza, então faremos alguns testes”.

O executivo garante que novas versões da vacina estão sendo preparadas caso a atual não seja eficaz em gerar uma resposta imunológica contra a mutação, mas espera que não sejam necessárias: “Você tem que estar preparado”, disse.