Economia

Mesmo com pandemia, empresários estão otimistas com vendas de fim de ano em Arapiraca

Apesar de prejuízos provocados pela pandemia, estabelecimentos reforçam estoques e até fazem contratações

Por Patrícia Bastos/ 7Segundos 09/12/2020 13h01 - Atualizado em 09/12/2020 13h01
Mesmo com pandemia, empresários estão otimistas com vendas de fim de ano em Arapiraca
Comércio comemora retomada do consumo - Foto: Arquivo/7Segundos

Após amargar prejuízos durante praticamente metade do ano, em decorrência das medidas adotadas para conter a disseminação do novo coronavírus, os empresários de Arapiraca esperam "tirar o atraso" com as vendas de final de ano. Mesmo tendo em mente que não será possível alcançar o patamar de lucros dos anos anteriores, os donos de empresas de comércio e serviços investem com a expectativa de uma melhora significativa no faturamento.

"A expectativa de todos é extremamente positiva. As empresas que trabalham com produtos essenciais estão vendendo bem e até mesmo aquelas que trabalham com produtos que não são de primeira necessidade - especialmente as que vendem artigos populares - também estão vendendo muito bem", afirmou o empresário Wilton Malta, presidente do Sindicato do Comércio Lojista (Sindilojas) de Arapiraca.

A animação dos empresários é tanta que no domingo, dia 20 de dezembro, o comércio vai abrir as portas das 9h às 13h. O sindicato já está preparando campanha de divulgação. "Alguns empresários queriam abrir já neste domingo, mas como a quantidade que concordou não foi tão grande, estamos preparando a campanha para o dia 20. O Sindilojas também preparou esse ano a campanha "Compra Premiada", que dá direito a raspadinhas e sorteio de vales compra, que tem tido um resultado muito bom", ressaltou. 

Uma mostra que o mês de dezembro será de boas vendas foi o movimento do comércio na última segunda-feira (07), que surpreendeu os lojistas. Mesmo com a decisão de que as lojas não fechariam no feriado comemorado no dia posterior anunciado pela entidade, não se esperava que tantas pessoas fossem ao comércio. "Talvez devido a decisão da prefeitura de antecipar o feriado para os órgãos municipais levou os servidores às ruas naquele dia", declarou.

Além do décimo terceiro salário, que leva muitos trabalhadores a consumirem mais e a tradição de presentear no período de fim de ano, Wilton Malta avalia que o auxílio emergencial tem papel importante para a alta nas vendas de fim de ano. Apesar de o dinheiro geralmente ser direcionado para a aquisição de gêneros essenciais, acaba aumentando de maneira geral o volume de circulação de dinheiro em Arapiraca, que ainda tem a vantagem de receber grande volume de pessoas vindas de cidades vizinhas para fazer compra no comércio do município.

"Mesmo que em volume menor que em outros anos, algumas empresas estão contratando funcionários para esse período de fim de ano, porque mesmo com a expectativa, é necessário ter cautela. Quem antes contratava dez, hoje contratou apenas três ou quatro, mas o mais importante é que a empregabilidade está se mantendo. Mas não temos como dizer hoje que esses trabalhadores temporários serão tornados fixos no próximo ano. Em janeiro deve ocorrer um recuo do auxílio emergencial e é preciso ver como a economia vai se comportar nos próximos meses", explicou.

Pandemia


O presidente do Sindilojas é extremamente enfático a respeito da pandemia: "Ainda não acabou e os lojistas precisam adotar todos os cuidados necessários, para evitar decisão de retroceder na quarentena. O fechamento das empresas seria um desastre", declarou.

Por conta disso, Wilton Malta costuma reforçar junto aos empresários que não relaxem nas medidas sanitárias e de distanciamento social, que são também uma forma de demonstrar respeito pelos consumidores.

Agora, passados nove meses desde o primeiro decreto emergencial que impôs sérias restrições ao comércio, o dirigente sindical afirma que o setor deve seguir em uma leve curva crescente. Ele destaca que neste momento há empresários investindo na ampliação ou abertura de novas lojas.

"Entre os empresários com quem mantenho contato, apesar de vários terem considerado fechar as portas durante a pandemia, apenas um de fato fechou, mas o empresário já vinha considerando encerrar as atividades antes dessa crise, por motivos pessoais. O que a gente percebe agora é que há novas lojas abrindo, algumas ali no Largo Dom Fernando Gomes ou na Rua 15 de Novembro. Há também aqueles que saíram de um local para outro, com o objetivo de ampliar. O fato é que, andando pelo comércio, a gente percebe hoje muitas lojas em reforma e isso é um bom sinal", ressaltou.