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Marx Beltrão defende projeto de lei que prevê acesso gratuito à internet para alunos de escolas públicas

Proposta pretende viabilizar a educação à distância durante o isolamento

Por 7Segundos com assessoria 25/11/2020 16h04
Marx Beltrão defende projeto de lei que prevê acesso gratuito à internet para alunos de escolas públicas
Marx Beltrão - Foto: Reprodução

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 3477/20, que prevê acesso gratuito à internet, para fins educacionais, a alunos e professores de escolas públicas do ensino básico (ensinos fundamental e médio). A proposta pretende viabilizar atividades de educação remota em todas as regiões do país, sobretudo durante o isolamento social necessário para o controle da pandemia de Covid-19. De Alagoas, o deputado federal Marx Beltrão (PSD), coordenador da bancada alagoana no Congresso Nacional, é um dos apoiadores da aprovação da matéria. Segundo Marx Beltrão, universalizar o acesso à internet na rede pública de educação, com qualidade e velocidade de conexão, é indispensável para a melhoria dos indicadores na área.

“A pandemia escancarou um grande desafio da rede pública de ensino que é a falta de internet e dos equipamentos para alunos e professores. Todos saíram prejudicados em 2020, essa é a verdade. É por isso que estou em Brasília apoiando e lutando para que seja aprovado o PL 3477/2020, que prevê a garantia de internet móvel para professores e alunos da educação básica, além de equipamentos como tablets. Esse texto precisa ser aprovado o quanto antes para que não haja prejuízo no próximo ano letivo, os investimentos serão com recursos do FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e contrapartida das operadoras de telefonia. Educação é prioridade” destacou o parlamentar nesta quarta-feira (25).

O texto do PL obriga a União a manter um cadastro nacional com dados de professores e de pais ou responsáveis por alunos de escolas públicas. Os dados serão fornecidos pelas secretarias estaduais e municipais de educação e devem ser suficientes para identificar os aparelhos que terão acesso gratuito à internet. De acordo com o projeto, os custos que não puderem ser compensados por meio de contrapartidas assumidas por empresas de serviços de telefonia móvel serão, complementarmente, cobertos com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), cuja lei é alterada pelo projeto.

O texto também altera a Lei do Fust para prever que o fundo seja utilizado para a aquisição de equipamentos de informática, como tablets, que permitem acesso à internet. Hoje o fundo é usado pelo governo federal para custear parte dos serviços de telecomunicação oferecidos em regiões consideradas pouco rentáveis por empresas do setor. O deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), autor da proposta juntamente com outros 22 deputados, afirma que, até a descoberta de uma vacina eficaz contra a Covid-19, o sistema de ensino vai conviver com uma alternância de atividades presenciais e remotas. Segundo ele, neste momento, o acesso à internet é a principal barreira para a realização das atividades escolares longe da escola.

Além disso, o texto muda a Lei Geral das Telecomunicações (LGT) e estabelece que as obrigações de universalização e de continuidade dos serviços de telecomunicação passam a valer não apenas para os ofertados sob o regime público, como a telefonia fixa, mas para todas as demais opções, incluindo telefonia celular e internet fixa e móvel, que são oferecidas em regime privado, baseado em autorizações. Segundo a proposta, o custo mensal estimado para o acesso à internet por uma hora ao dia será de R$ 25 por professor e R$ 15 por aluno. Somando-se a isso a compra de tablets para todos os quase 40 milhões de alunos e professores que compõem o ensino básico no país, o custo do projeto foi orçado em R$ 26 bilhões.