Brasil

Grupo protesta em frente a supermercado de Lauro de Freitas após morte de homem em Porto Alegre

Ato nesta quarta-feira (25) foi semelhante ao ocorrido no último domingo, em Salvador. Protesto pede justiça pelo crime que vitimou João Alberto, em 19 de novembro

Por G1 25/11/2020 13h01
Grupo protesta em frente a supermercado de Lauro de Freitas após morte de homem em Porto Alegre
Grupo protesta em frente ao hipermercado Atacadão, em Lauro de Freitas - Foto: Vander Bispo/Movimento Aquilombar

Cerca de 50 pessoas realizaram uma manifestação em frente ao hipermercado Atacadão, unidade do grupo Carrefour, em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, na manhã desta quarta-feira (25). O protesto foi encerrado por volta das 11h30.

A Secretaria Municipal de Transporte de Lauro de Freitas informou que deslocou uma equipe para o local da mobilização e o trânsito fluiu sem retenção. No entanto, segundo manifestantes, o tráfego ficou intenso na Estrada do Coco, sentido Salvador.

Semelhante ao que ocorreu em várias cidades do Brasil, os manifestantes pediram boicote à rede e punição aos responsáveis pela morte de um homem negro, após ser agredido por dois seguranças brancos nas dependências de unidade do grupo Carrefour, no dia 19 de novembro, na capital gaúcha. Em Salvador, um protesto da mesma natureza foi realizado no domingo (25) em frente à unidade na Avenida Bonocô.

Com bandeiras, cartazes, gritos e palavras de ordem, o grupo chegou ao local por volta das 8h30 e foi impedido de entrar no estabelecimento, após uma barreira feita pela Polícia Militar.

Segundo Vander Bispo, um dos manifestantes, o movimento aconteceu de forma pacífica. Por causa do impedimento da PM, o grupo protestou do lado de fora do centro comercial. Um segundo acesso permanece aberto, e a entrada e saída de clientes não sofreu alteração.

Crime

João Alberto Silveira Freitas tinha 40 anos e foi espancado até a morte em uma unidade do Carrefour, na quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra, por dois seguranças do estabelecimento. A ação foi filmada por testemunhas e rapidamente ganhou repercussão.

Diversos órgãos jurídicos, artistas, figuras públicas e instituições sociais se manifestaram após o crime. Uma comissária da ONU classificou o crime como “ato deplorável que deve ser condenado por todos”.

Em nota, a empresa responsável pela segurança do Carrefour em Porto Alegre afirmou que “iniciou os procedimentos para apuração interna”.

Na terça-feira (24), a polícia pediu a prisão de uma das funcionárias envolvidas no crime. O caso segue em investigação pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.