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Itália decreta toque de recolher em meio à 2ª onda de Covid na Europa

Restrição será das 22h às 5h, começa na quinta e vai até 3 de dezembro. Decreto dividiu o país em 3 zonas (vermelha, laranja e verde) para a adoção de bloqueios mais rígidos em algumas regiões

Por G1 04/11/2020 08h08
Itália decreta toque de recolher em meio à 2ª onda de Covid na Europa
Manifestantes protestam em Veneza, na Itália, contra medidas de restrição do governo italiano para combater a 2ª onda de Covid-19 - Foto: Manuel Silvestri/Reuters

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, assinou na noite de terça-feira (3) um decreto para instaurar um novo toque de recolher em todo o país, em meio à segunda onda de Covid-19 na Europa.

A restrição será das 22h às 5h, começa na quinta-feira (5) e vai até 3 de dezembro.

A Itália é o 6º país com mais mortes (39,4 mil) e o 12º com mais casos (760 mil) no mundo atualmente, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.

O país registrou um recorde de 31.756 novos infectados no sábado (31), mas o número de mortes continua bem abaixo das registradas na primeira onda, entre março e abril.

Foram 353 óbitos ontem, contra um pico de 919 registrados em 27 de março. O recorde de casos na época foi no dia 21 do mesmo mês: 6.557 infectados.

O anúncio ocorre dias após Alemanha, França e Reino Unido anunciarem lockdowns para frear a nova onda de contágio que se espalha pelo continente.

O decreto também prevê outras medidas, como bloqueios locais, que devem ser anunciadas nesta quarta-feira (4). Para isso, o país foi dividido em três áreas: zonas vermelhas, laranjas e verdes.

Nas zonas vermelhas, as pessoas só poderão sair para trabalhar, levar as crianças para a escola ou por motivos de saúde.

As restrições mais rígidas incluem a proibição de entrar e sair da região afetada por ao menos duas semanas e o fechamento de todas as lojas, exceto as de itens essenciais como alimentos.

Uma das áreas afetadas deverá ser a região da Lombardia, cuja capital financeira é Milão e já foi a mais atingida pela primeira onda da pandemia.