Arapiraca

“É um mês pra chamar de nosso”, diz Adriano Targino sobre Setembro Verde

Setembro é considerado o mês de luta da pessoa com deficiência

Por 7 segundos 28/09/2020 13h01 - Atualizado em 28/09/2020 13h01
“É um mês pra chamar de nosso”, diz Adriano Targino sobre Setembro Verde
Adriano Targino destaca Setembro Verde - Foto: Assessoria

Considerado o mês de luta da pessoa com deficiência (PcD), setembro trouxe a importância da acessibilidade e inclusão e foi marcado pela Campanha Setembro Verde. Adriano Targino, referência em Arapiraca no trabalho com PcD’s, diz que o mês foi escolhido justamente porque no dia 21 de setembro se comemora o Dia Nacional da Pessoa Com Deficiência.

“Para todos nós, que enfrentamos limitações físicas ou intelectuais, significa mais que uma data no calendário, ou um mês de comemoração. Para além disso, é um despertar social para causas que foram negligenciadas durante muito tempo. Nós existimos. Nós estamos presentes em todas as camadas sociais. Nós temos direitos”, pontuou.

De acordo com o senso do IBGE, do ano de 2010, hoje no Brasil existem mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência e mais de 2,5 milhões de pessoas com deficiência intelectual e múltipla, o que significa dizer que a inclusão social da pessoa com deficiência é urgente.


“Quando pensamos em PcD, automaticamente nos vem à cabeça a figura do cadeirante. Mas isso é um equívoco. Pessoas com deficiência, de acordo com a Convenção das Nações Unidas, realizada pela ONU em 2009, são aquelas que têm impedimento de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Às vezes a limitação é sutil, ou não perceptível”, comenta Targino, que teve poliomielite na infância, o que acarretou dificuldades e deixou sequelas.


Adriano destaca que Arapiraca necessita de políticas públicas mais direcionadas a PcD. E que, apesar de alguns avanços nesse sentido, existem muitos cidadãos naquela condição que não podem ser esquecidos.


“Não faz muito tempo, as pessoas com deficiência eram isoladas da sociedade e confinadas em suas casas, ou trancafiadas em hospícios. Com a implantação da Lei 13.146, que instituiu a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), tivemos certo avanço. Mas, há ainda há muito que se fazer. Com trabalho, dedicação e vontade podemos fazer muito mais”, finalizou.