Política

Família Teófilo não deve se envolver nas eleições municipais de novembro

Lúcia Cajueiro e Moacir Neto afirmam que, apesar de conversas sobre o futuro, família está vivendo luto

Por 7Segundos 12/09/2020 08h08 - Atualizado em 12/09/2020 08h08
Família Teófilo não deve se envolver nas eleições municipais de novembro
Moacir Neto afirma que família não deve se envolver nas eleições de novembro - Foto: Arquivo

A viúva de Rogério Teófilo, Lúcia Cajueiro, e o filho dele, Moacir Teófilo Neto, descartaram a possibilidade de candidatura nas eleições de novembro. Moacir chegou a admitir que tem conversado com o senador Rodrigo Cunha (PSDB) e com a deputada Tereza Nelma (PSDB), sobre política no futuro, mas no atual pleito ele não pode ser candidato nem a prefeito e nem a vereador, de acordo com a Legislação Eleitoral.

Já Lúcia Cajueiro chegou a se emocionar enquanto desmentia informações de bastidores que davam conta que ela havia sido procurada pelo MDB para compor a chapa como vice em uma possível candidatura de Luciano Barbosa. "Como Moacir disse, neste momento nós estamos vivendo a saudade. Acho que ele ainda é o nosso candidato. A tendência é que a gente não se envolva [na política] diretamente neste momento, até porque não existe outro para substitui-lo em nosso coração", declarou.

Em entrevista ao radialista José Rocha, na manhã desta sexta-feira (11) mãe e filho voltaram a falar da prestação de contas feitas pela família da gestão de Rogério Teófilo, documento que lista obras e recursos deixados em caixa pelo gestor.

Uma das obras mencionadas por eles é a revitalização do Centro Novo, que começou a ser executada pela prefeita Fabiana Pessoa, apesar dos apelos dos comerciantes para que a obra seja adiada para depois do período de fim de ano. Lúcia Cajueiro afirmou que a obra não iniciou no começo de 2020, como estava previsto, devido alguns estabelecimentos localizados na lateral de onde está projetada a escada rolante estarem com problemas na estrutura física e corriam risco de desabamento na época. "Quando ele conseguiu toda a verba, iniciou a pandemia e o governo federal segurou o recurso, já aprovado e licitado", explicou.

Moacir Neto afirmou também que, em decorrência da pandemia, Rogério Teófilo planejava iniciar a revitalização do Centro Novo justamente pela escada rolante, porque teria impacto menor na movimentação de pessoas no comércio."Ele sabia que com o comércio voltando a funcionar, as obras poderiam atrapalhar, por isso iria começar pela escada rolante", disse.

Lúcia Cajueiro disse também que durante a pandemia, Rogério Teófilo se dividia entre a preocupação com a saúde e a vida das pessoas e também com a situação do comércio da cidade. Tanto que no dia anterior a recaída da pneumonia, ele teve uma longa conferência com comerciantes para discutir sobre a reabertura das lojas e que, no mesmo dia em que faleceu, estava preocupado em autorizar o pagamento do funcionalismo municipal porque era véspera do Dia dos Pais e esperava movimentar a economia local.

"Ele vinha se empenhando muito no controle da pandemia, se preocupava demais em salvar vidas e estava preocupado também em salvar os comerciantes, porque hoje nós somos uma cidade comercial. Ele queria tanto salvar vidas que esqueceu um pouco de salvar a vida dele próprio", disse.

Mãe e filho falaram também sobre outras obras e ações executadas por Rogério Teófilo e enfatizaram que ao assumir o governo municipal, o prefeito traçou como priroridade o funcionalismo e a população e que por isso recebia críticas.

"Tenho muito orgulho do trabalho que ele fez. Obras poderiam até ter dado uma visibilidade maior, mas ele estava focado na população e no servidor público. Ele estava focado no ser humano, isso é uma lição. A gente tem que ter empatia pelo próximo. Ele nunca pensou nele, sempre pensou nas pessoas de Arapiraca", afirmou Moacir Teófilo.

"Ele era um político vocacionado, muitas vezes as pessoas não acreditam quando a gente fala que ele fazia tudo isso sem interesse próprio. Por conta desses exemplos todos do Brasil, que nivelam todos os políticos no mesmo barco, as pessoas não acreditam", ressaltou Lùcia Cajueiro.