Política

Brasil supera 124 mil mortes por Covid-19 e Bolsonaro curte bar sem máscara

O presidente desrespeitou a lei que obriga o uso de mascaras em ambientes públicos

Por Capricho 04/09/2020 10h10 - Atualizado em 04/09/2020 11h11
Brasil supera 124 mil mortes por Covid-19 e Bolsonaro curte bar sem máscara
Brasil supera 124 mil mortes por COVID e Bolsonaro curte bar sem máscara - Foto: Metrópole/Reprodução

Na noite da última quinta-feira, 3, Jair Bolsonaro passeou sem máscara em um bar localizado em Eldorado, no interior de São Paulo, onde sua mãe, Dona Olinda, de 94 anos, mora. Acompanhado de um grupo de 10 pessoas, todas sem proteção, o presidente bebeu descontraído enquanto o Brasil registrava um novo recorde de mortes pela COVID-19: mais de 124 mil vidas.

Além de desrespeitar a lei, que vigora em todo estado de São Paulo, que obrigada o uso de máscara de proteção em locais públicos, inclusive bares e restaurantes, que vigora desde o dia 1º de julho, Bolsonaro, como líder máximo de uma nação que não para de subir no ranking de países com maior número de óbitos pelo novo coronavírus, dá um péssimo exemplo de como se comportar e conviver em sociedade.

Curado, Bolsonaro pode pensar que apresenta imunidade contra a doença, assim como acredita no poder isolado de cura da cloroquina. Entretanto, vários estudos mostram que pessoas que já testaram positivo para a COVID-19 podem contrair a doença novamente. “Um estudo recém-publicado mostra que, num grupo de 90 pacientes recuperados, os anticorpos atingiram um pico e, depois, durante 12 semanas, isso foi se perdendo aos poucos. Isso é um padrão que observamos”, explicou Gregory Poland, médico da Clínica Mayo, em entrevista à Veja Saúde. “Pelo que parece, serão necessárias doses de reforço [da vacina contra a Covid-19] de tempos em tempos”, completou o especialista.

Eldorado tem poucos casos confirmados da doença, é verdade, mas, por vir de fora e ser o presidente do Brasil, Bolsonaro deveria usar o equipamento de proteção nem que simplesmente por respeito aos morados da região e, acima de tudo, a sua mãe, que faz parte do grupo de risco. “Desde o começo [da pandemia], assumi posição ímpar, não só dentro do Brasil, mas como chefe de Estado no mundo todo. Não vi um chefe de Estado tomar uma decisão como a minha”, discursou o presidente durante inauguração de uma ponte em Eldorado, no Vale do Ribeira, na última quinta, 3.