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Após foto viralizar, entregador que trabalha com filha na garupa recebe doações

Desempregado há 5 meses e sem ter com quem deixar a filha de 4 anos, Alessandro Magno leva a menina nas entregas

Por G1 20/08/2020 09h09 - Atualizado em 20/08/2020 10h10
Após foto viralizar, entregador que trabalha com filha na garupa recebe doações
Após foto viralizar, entregador que trabalha com filha na garupa - Foto: Reprodução Redes Sociais

O paraense Alessandro Magno, de 25 anos, está entre os brasileiros que perderam o emprego por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus. Como alternativa encontrada para garantir o sustento da família, ele começou a fazer entregas e, sem ter com quem deixar a filha Rayna Vitória, de 4 anos, leva a menina na bicicleta para trabalhar nas ruas de Belém, no Pará.

A cena foi registrada no dia 22 de julho e viralizou nas redes sociais. Na internet, o alcance da imagem foi tanto que rendeu ao rapaz doações e entrevistas de emprego na capital paraense.

Alessandro fez curso de manutenção de celulares e, até março, estava trabalhando como auxiliar de cozinha em um restaurante, que faliu há cerca 5 meses. A única renda da família ficou sendo a da esposa, que trabalha em um supermercado.

“Eu cheguei em casa e disse: ‘Amor, tô desempregado. Bora orar pra nada nos faltar. Você não pode ficar desempregada”, conta Alessandro, que ficou responsável por cuidar da filha para que a mulher pudesse trabalhar.

Antes da pandemia, a menina estudava pela manhã e ficava na casa dos pais de Alessandro no outro período. Mas as aulas foram suspensas, e os avós da menina contraíram a Covid-19. Eles ainda estão se recuperando da doença.

O entregador conta que costuma fazer as entregas pelo período da manhã, em que há mais pedidos por causa da hora do almoço.

“Foi a forma que achei de ajudar em casa para não faltar nada pra minha filha”, conta Alessandro.

Mesmo se esforçando no trabalho como entregador, Alessandro conta que passou por necessidades.

“Teve um dia que cheguei em casa sem fazer uma só corrida. E minha filha disse: ‘pai, quero banana’. Eu pensei: ‘Deus vai prover’. No mesmo dia, um amigo pediu pra fazer um serviço no celular. Com o dinheiro, fomos comprar comida. Ela veio muito feliz! Eu, como pai, não quero deixar faltar nada pra minha filha”, afirma.