A morte do radialista Edvaldo Silva, 64 anos, nesta terça-feira (16) causou grande comoção no meio radiofônico alagoano. Edvaldo Silva estava internado no Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, e faleceu em decorrência das complicações provocadas pela covid-19. O radialista foi sepultado às 11h no  cemitério São Francisco, em Arapiraca.A filha dele, a assistente social Isa Castro, faleceu no último dia 04, vítima da mesma doença.

Com mais de 40 anos de profissão Edvaldo Silva iniciou a profissão de radialista no final da década de 70 na rádio Novo Nordeste AM. Mas também trabalhou na rádio Gazeta e em outras emissoras no interior do estado. Nós úlimos 15 anos anos ele trabalhou na rádio Sampaio FM, em Palmeira dos Índios.

O empresário Gileno Sampaio Filho, o “Gileninho”, durante uma participação na manhã de hoje na Sampaio FM, disse que não tinha palavras para expressar tanto sofrimento para a família que perdeu a Iza Castro e o Edvaldo Silva.

Gileninho relatou que Edvaldo Silva foi um grande profissional, guerreiro como era, até onde ele pôde, ele ajudou através dos microfones da Rádio Sampaio conscientizar as pessoas sobre a gravidade dessa doença. Emocionado, o empresário relatou o momento que soube da morte da Iza Castro.

“Ele me falava do esforço que fez a vida toda para formar os três filhos e quando eu soube da morte da filha dele, aquilo me doeu muito. E hoje pela manhã o Igor Castro me ligou informando a morte dele. Eu perdi meu pai e minha mãe e sei a dor que ele tá sentindo. Em meu nome, no nome da empresa e de todos os companheiros, agradecer o tempo que ele passou conosco aqui na Sampaio FM. Desejo muita força e fé a todos da família”, finalizou Gileninho Sampaio.

Quem também relembrou muitos momentos ao lado do grande amigo Edvaldo Silva foi o radialista Nelson Filho. Ele relatou que já estava na rádio Novo Nordeste em 1978 quando Edvaldo Silva iniciou os primeiros passos na comunicação radiofônica.

Nelson Filho revelou que ao chegar em Arapiraca, trouxe da comunicação sergipana, seu estado de orígem, o hábito de nomearr os repórteres com “slogan”. Ele conta que Edvaldo Silva iniciou na Novo Nordeste como repórter de rua, e sempre muito atento aos fatos conseguia “furos de reportagem”. Então a partir dess característica, começou a chamar Edvaldo Silva de “Furão Fastástico”.

“Nos meus 62 anos de vida, Edvaldo Silva, está entre as cinco pessoas que eu tenho um grande respeito e admiração. Nos últimos tempos nós não nos encontrávamos muito, mas quando tinha a oportunidade de bater um papo com ele, era sempre muito agradável e produtiva nossa conversa. Eu considerava Edvaldo Silva como um irmão. Estou muito entristecido com a morte dele”, falou emocionado Nelson Filho.

Outro colega de rádio que também conviveu com Edvaldo Silva, na década de 80 foi o radialista Diassis Lima. E lembra que Edvaldo Silva sempre foi um profissional excelente com a informação precisa na ponta da língua. Um apresentador de programas de rádio que foi referência para tantas gerações que se seguiram no radialismo do Agreste. ,

Edvaldo Silva foi um grande homem, e em um grande homem você encontra uma grande profissional, um grande pai, um grande esposo e um grande amigo. Ele vai fazer muitas falta e deixar uma grande lacuna na radiodifusão alagoana. Neste momento de dor quero prestar a minha homenagem ao noso inesquecível Edvaldo Silva e a sua família que Deus dê força para vencer esse momento de dificuldade. Vai em paz companheiro, o céu te recebe de braços abertos”, finalizou Diassis Lima.