Economia

Indústria de argamassa pode fechar as portas em Arapiraca por falta de apoio da Prefeitura

Diretor da empresa afirma que já cansou de solicitar serviços de manutenção da estradas

Por 7segundos 05/06/2020 13h01
Indústria de argamassa pode fechar as portas em Arapiraca por falta de apoio da Prefeitura
Indústria de argamassa pode fechar as portas em Arapiraca por falta de apoio da Prefeitura - Foto: Cortesia ao 7Segundos

Não é a primeira vez que empresários de Arapiraca transferem suas empresas para outros municípios por falta de incentivos fiscais e infraestrutura do governo municipal. Com a saída dessas indústrias centenas de familias ficam desempregadas, o dinheiro deixa de circular no comércio local e o município perde arrrecadação de impostos.

Recentemente a fábrica de refrigerantes da Coca-Cola, localizada no bairro outro Preto, em Arapiraca, publicou em comunicado oficial que estava fechado as portas no municíipio, e se instalando em Maceió.

A fábrica de Doces Popular já deixou Arapiraca há mais tempo, e encontrou no município vizinho de Limoeiro de Anadia, as condições necessárias para produzirr emprego e renda para a população local.

Desta vez, que vai bater asas e procurar abrigo seguro em outras regiões é a Azevedo Soares Indústria de Argamassa, localizada no bairro Fazenda Velha, após o campus da Ufal em Arapiraca.

Um dos problemas enfrentados pelas empresas que se instalaram nesta localidade é o péssimo acesso das vias urbanas e rurais para o tráfego de caminhões e veículos de passeio. Nesse período chuvoso, a situação se agrava ainda mais abrindo verdadeiras valas na principal estrada de acesso à localidade.

O diretor-procurador da indústria, Alysson Alberto de Azevedo Soares, relatou que o problema se tornou mais crônico depois que o esgoto de um residencial estourou e nenhuma providência foi tomada pelos órgãos executores da obra.

                                            

”O problema se arrasta há anos, já cansamos de comunicar a Prefeitura de Arapiraca que informa que a responsabilidade é da Caixa Econômica Federal (CEF) financiadora do projeto, que por sua vez , alega que a responsabilidade é da empresa que responsável pela construção da obra - que inclusive, já decretou falência e está em recuperação judicial”, relatou Alysson Alberto.

Nesse jogo de empurra-empura quem sai prejudicado são os empresários e toda a população do residencial e comunidades adjacentes que são obrigadas a conviver com uma fedentina diária do esgoto.

A regularidade na coleta de lixo domiciliar no bairro também é um problema enfrentado constatemente por quem mora e trafega pela região. A proliferação de ratos, baratas e outros insetos que transmitem doença fazem parte do cotidiano dos moradores.

Segundo o diretor-presidente, a Azevedo Soares Indústria de Argamassa contribui mensalmente com mais de R$ 100 mil em impostos, e que não tem o retorno desses recursos obras públicas de infraestrutura na localidade.

”Cansamos de lutar sozinhos para fortalecer a economia e promover o desenvolvimento desta localidade, infelizmente dezenas de pais de família vão perder o emprego porque não tivemos o apoio da administração municipal”, desabafou Alisson Alberto.

A Cooperativa de transportadores de uma indústria de alimentos de Arapiraca também enfrenta o mesmo problema com a falta de manutenção das estradas. O prejuízo na manutenção de veículos que estão mais propensos a apresentar problemas mecâncios trafegando em estradas com péssimas condiçoes de uso, é constante.

O empresário disse que já inciou negociações com o município de Sao Sebastião e se forerm oferecidas condiçoes e uma estrutura mínima para a industria operar sem enfrentar tantos problemas, ele vai fechar a indústria em Arapiraca.

” É um absurdo a inércia do poder público municipal, que ao invés de garantir condições mínimas para manter as empresas que já estão instaladas e atrair novos investimentos, promove o desinteresse dos investidores em um municíopio tão promissor e pungente como Arapiraca”, finalizou o empresário.