Brasil

Acampados perto do STF, defensores do golpe dizem não ter data para sair

Um deles é Renan da Silva Sena, que agrediu enfermeiros durante ato no Dia do Trabalho

Por Congresso em Foco 11/05/2020 09h09
Acampados perto do STF, defensores do golpe dizem não ter data para sair
Acampados perto do STF, defensores do golpe dizem não ter data para sair - Foto: Reprodução

Permanece acampado na Praça dos Três Poderes um pequeno grupo de pessoas que pregam uma “intervenção militar” incluindo o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional. O Congresso em Foco esteve no local na noite de sábado (09) e lá encontrou dois militantes bolsonaristas que se tornaram famosos nos últimos dias. Um deles é Renan da Silva Sena, que agrediu enfermeiros durante ato no Dia do Trabalho e foi demitido semana passada do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, onde trabalhava como funcionário terceirizado.

O outro é Paulo Felipe, militar da reserva (ele não informa a patente) e também é conhecido como “Comandante Paulo”. Em vídeo que viralizou, ele afirmou que “300 caminhões” se encontravam a caminho de Brasília, onde chegariam na sexta-feira (8), para – de acordo com as palavras dele – “darmos cabo dessa patifaria que está estabelecida no nosso país há 35 anos por aquela casa maldita ali, Supremo Tribunal Federal, com 11 gangsters”. O comboio, no entanto, não apareceu. 

Na manhã deste domingo (10), Paulo aceitou dar entrevista ao Congresso em Foco por telefone. Questionado sobre a ausência de caminhões, respondeu: "Eu não vou te dar muitas informações porque o autor do comboio, o comandante do comboio está debilitado. Ele pegou covid-19, estava na UTI, estou aguardando ele me dar retorno sobre isso e ele é que está no comando dessa operação. Eu divulguei pra ele, porque eu divulgo vídeos quase que diariamente, ele me contactou e pediu para que eu divulgasse, aproveitasse a minha evidência nas redes sociais e divulgasse pra ele".

Paulo mantém um perfil no Facebook, onde publica vídeos quase que diariamente. No diálogo com a reportagem, ele reiterou a defesa da ruptura constitucional e da invasão do Congresso e do Supremo para ampliar os poderes do presidente Jair Bolsonaro. "A meu ver, essa é a saída para o país", disse.