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Alagoas não registra explosões de agências bancárias há um ano

Ações planejadas e trabalho investigativo da Serb contribuiu para este resultado

Por Assessoria 14/02/2020 06h06
Alagoas não registra explosões de agências bancárias há um ano
Alagoas não registra explosões de agências bancárias há um ano - Foto: Reprodução

A notícia de que mais uma agência bancária foi pelos ares por ação de assaltantes deixou de ser uma constante em terras alagoanas. A modalidade de roubo a banco em que criminosos sitiam cidades, fazem cidadãos reféns, explodem agências e incendeiam veículos, que se tornou rotineira no Nordeste, não ocorre em Alagoas há um ano. A última explosão em Alagoas ocorreu em 14 de fevereiro de 2019. Naquela data, criminosos explodiram caixas eletrônicos e cofres de duas instituições bancárias em Porto Calvo. De lá para cá, o número de ataques a instituições financeiras vem despencando e as ações com explosões de agências zeraram.

A Seção de Roubos a Bancos da DEIC da Polícia Civil é a unidade responsável pelo trabalho especializado contra essa modalidade criminosa e, segundo o Delegado Cayo Rodrigues, titular da especializada, os excelentes números são fruto de um trabalho planejado de investigação. "Desde o início de nossos trabalhos na SERB, em julho de 2018, realizamos um estudo minucioso de ocorrências anteriores, modo de agir dos suspeitos e perfil dos potenciais assaltantes de banco, traçando um planejamento das ações policiais, de modo a agir não apenas de forma repressiva, como também preventivamente", disse o delegado.

A SERB passou a realizar acompanhamento de potenciais autores dessa modalidade criminosa mesmo antes das ações, o que potencializou os índices de elucidação dos ataques a agências bancárias (que atingiu a 100% em 2019) e viabilizou até mesmo flagrantes de tentativas de roubo e furto. Além disso, as investigações passaram a trilhar os caminhos mais abrangentes possíveis, não só focando nos autores diretos dos assaltos, mas também financiadores, organizadores e até mesmo fornecedores de instrumentos (carros, ferramentas, explosivos etc.).

Outro fator que certamente tem contribuído é o constante intercâmbio com as polícias investigavas de outros Estados. Ciente da tendência de interestadualidade das organizações criminosas de assaltos a banco, a constante troca de informações com investigações de outros Estados tem sido uma diretriz dos trabalhos. O Delegado Fábio Costa, diretor da DEIC, destaca que o método de trabalho tem auxiliado não apenas nos esclarecimentos dos crimes em Alagoas, como também tem proporcionado uma contribuição para a redução da criminalidade em estados vizinhos.

“O roubo a banco é um problema que afeta não apenas as instituições financeiras, como também a população, que é exposta ao risco de ações cada vez mais ousadas e violentas e não raras vezes fica desassistida dos serviços bancários”, afirmou o Fábio Costa.

A DEIC destaca, ainda, que apesar da maior repercussão das ações com explosivos, tem trabalhado também diariamente em investigações dirigidas às mais diversas modalidades de ataque a bancos e, com o auxílio das demais forças de segurança estaduais e federais, vem alcançando não somente o desmantelamento de grupos que atuam no modo intitulado Novo Cangaço, mas também organizações que utilizam maçarico, serras, marteletes e até modernos bloqueadores de sensores em seus crimes.