Brasil

Mulher morre ao descer de avião durante viagem de férias em Milão

Foi a primeira vez que a jovem saiu do país; Luana Araujo Miranda, de 29 anos planejou o roteiro durante seis meses

Por O Tempo 12/02/2020 15h03
Mulher morre ao descer de avião durante viagem de férias em Milão
Luana Araújo Miranda, 29 anos, sofreu parada cardiorrespiratória e morreu a caminho do hospital - Foto: Arquivo pessoal

Uma vendedora natural de Belo Horizonte morreu durante uma viagem de férias à Europa. Luana Araujo Miranda, de 29 anos, passou mal durante o desembarque em Milão, na Itália. Conforme as primeiras informações repassadas pela companhia aérea à famíla, ela sofreu uma parada cardiorrespiratória no último sábado (8), e morreu enquanto estava a caminho do hospital. A vendedora deixa uma filha de 7 anos. Ela era a terceira filha de uma família de quatro irmãos e perdeu a mãe em setembro de 2019.  

A irmã de Luana, Mariana Araújo, de 36 anos, contou que esta foi a primeira vez que a vendedora saiu do país. Ela havia planejado a viagem durante seis meses. Segundo Mariana, a vendedora iria encontrar um amigo que mora na Itália. Juntos, eles viajariam para vários países da Europa.

“Ela comentava muito sobre essa viagem. Planejou desde o meio do ano passado, sempre dizia que o sonho dela era conhecer a Suíça e aí aproveitaria que um amigo dela morava na Itália e, de lá, viajaria para vários países”, contou a irmã. 

Segundo Mariana, a vendedora saiu de Belo Horizonte na sexta-feira (7), fez escala em São Paulo e, depois de 12h de vôo, chegou ao país europeu. A irmã contou que a primeira notícia foi recebida pelo pai delas, que a princípio não acreditou. 

“O número do nosso pai estava como o de emergência que ela colocou durante a compra da passagem. Na hora, meu pai achou que fosse um trote, mas aí entrei em contato com o amigo dela que iria buscá-la no aeroporto, e ele havia ido para hospital informado pela companhia”, explicou Mariana. No local, o amigo de Luana foi informado do falecimento dela.  

A irmã da vítima contou que a Latam, companhia aérea responsável pelo vôo, entrou em contato com a família e informou que Luana sentiu-se mal um pouco antes de descer do avião. Segundo Mariana, a companhia disse que durante o procedimento de desembarque, a comissária de bordo percebeu que a vendedora estava passando mal e pediu para que ela sentasse. Durante o atendimento, Luana informou que havia feito uso de um medicamento para enjôo e de um antialérgico. Ainda de acordo com informações passadas pela Latam à família, a vendedora estava lúcida durante todo o atendimento dos paramédicos. Ela veio a óbito a caminho do hospital.

A irmã informou que a companhia se comprometeu em auxiliar no traslado do corpo de Luana e também com as passagens aéreas do amigo da vítima, que irá acompanhar os trâmites na Itália e acompanhará a vinda do corpo ao Brasil, que ainda segue sem previsão. 

De acordo com a irmã de Luana, a família ainda não sabe o que ocasionou a morte da vendedora. A autópsia será realizada nesta quinta-feira (13) e ainda não foi informado aos familiares quando o atestado de óbito ficará pronto.

“Estamos esperando esses documentos aos quais não tivemos acesso ainda. Amanhã (quinta) a biópsia será feita e ainda não sabemos quando será concluída. Pedimos também o prontuário do hospital em que ela foi atendida e o relatório de procedimento da ambulância que prestou os primeiros socorros”, explicou. 

Consulado acompanha o caso

Procurada pela reportagem, a Latam informou por nota que “se sensibiliza com o ocorrido e esclarece que está prestando a assistência necessária aos familiares da passageira”.

O Itamaraty enviou nota informando que o Consulado do Brasil em Milão já presa assistência à família. O órgão reiterou que detalhes sobre o caso não podem ser repassados em respeito à privacidade dos envolvidos. 
 
O Itamaraty esclareceu que, quando um cidadão brasileiro morre no exterior e sua família opta por trazer seus restos mortais ao Brasil, "as embaixadas e os consulados brasileiros procuram apoiar os familiares com orientações gerais, na expedição de documentos (atestado de óbito, por exemplo) e também no contato com autoridades locais (especialmente para tentar agilizar e facilitar os trâmites).”