Arapiraca

Após fatura de R$ 842 mil em Arapiraca, Defensoria cobra explicações a Equatorial sobre erros em contas de energia

As reclamações são constantes em relação aos valores cobrados

Por 7Segundos, com assessoria 28/01/2020 14h02
Após fatura de R$ 842 mil em Arapiraca, Defensoria cobra explicações a Equatorial sobre erros em contas de energia
José Emanuel levou um grande susto ao ver valor da conta de luz - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Diante do alto índice de reclamações que apontam erros na medição do consumo de energia elétrica, em Maceió, a defensora pública do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública (Nudecom), Norma Suely Negrão, oficiou à Equatorial Energia, na tarde de ontem, 27, solicitando informações sobre a margem de segurança da leitura dos medidores de energia elétrica e quais os parâmetros adotados pela empresa para identificar e corrigir possíveis erros de leitura, sem prejudicar os consumidores.

O ofício também estabeleceu um prazo de 10 dias para que a empresa encaminhe as informações solicitadas e explique quais medidas têm sido tomadas para sanar, de vez, o problema.

De acordo com a defensora, em 2019, a Defensoria Pública recebeu mais de 800 reclamações sobre discrepâncias em faturas de energia elétrica.

"Muito embora não sejam cobranças no valor estratosférico, a grande quantidade de reclamações evidencia a mesma discrepância entre o valor cobrado na fatura, diverso da leitura e da realidade do consumo residencial e dos aparelhos eletrodomésticos que guarnecem suas residências, e que também não refletem qualquer cobrança por recuperação de consumo", explicou a defensora.

Segundo Norma Negrão, recentemente, a Equatorial Energia admitiu publicamente, após uma situação de cobrança muito acima do possível, que os erros de leitura acontecem. “Contudo, esse erro não é possível ou aceitável, porque do outro lado nós temos o consumidor e ele sofrerá com o erro. Assim, eu questiono, em situações em que a discrepância entre os valores habituais e a fatura errada não é flagrantemente equivocada, mas ainda assim fora dos padrões de consumo da residência, como a empresa atua para evitar que fatos assim aconteçam?”, questionou.