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Trump: líder do Estado Islâmico se suicidou ao detonar colete com explosivos

Al Bagdadi morreu em uma operação do Exército americano no nordeste da Síria

Por em.com.br 27/10/2019 10h10
Trump: líder do Estado Islâmico se suicidou ao detonar colete com explosivos
Al Bagdadi morreu em uma operação do Exército americano no nordeste da Síria. - Foto: Reprodução

O líder del grupo extremista Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Bagdadi, teria sido morto durante um ataque militar dos Estados Unidos na Síria, informou a imprensa americana, horas antes de o presidente Donald Trump fazer, neste domingo (27), um anúncio "muito importante" da Casa Branca. De acordo com o presidente americano, o líder do Estado Islâmico se suicidou ao detonar colete com explosivos.

Segundo as emissoras CNN e ABC, que citam funcionários de alto escalão, Al Bagdadi morreu em uma operação do Exército americano no nordeste da Síria.

A CNN afirmou que estão sendo feitas análises para confirmar formalmente sua identidade. Já uma autoridade citada pela ABC disse que Al Bagdadi explodiu um colete e se matou.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem uma ampla rede de informantes no terreno, comandos americanos foram deixados de helicópteros na província de Idlib (noroeste sírio), em uma área onde estavam "grupos próximos ao EI". "A operação tinha como alvos altos dirigentes do EI", disse a ONG.

Na manhã deste domingo, combatentes do grupo Hayat Tahrir Al Sham (HTS), outrora o braço sírio da Al Qaeda, tomaron posições em torno de uma casa em ruínas, situada no meio de um olival em Barisha, perto da fronteira turca.

Alguns jornalistas, entre eles um correspondente da AFP, puderem se aproximar brevemente das ruínas desta casa, totalmente destruída.

A Casa Branca anunciou, sem dar detalhes, que Trump "fará um anúncio muito importante" neste domingo às 9h locais (10h de Brasília). Pouco antes, o presidente tinha dito no Twitter: "Algo enorme acaba de acontecer!".

Mazlum Abdi, chefe das Forças Democráticas Sírias (FDS), dominadas pelos combatentes curdos - aliados de Washington na luta contra o EI -, disse no Twitter que a operação foi resultado de um trabalho "conjunto de informação com os Estados Unidos", sem confirmar, entretanto, a morte de Bagdadi.

A Turquia - que também realizou uma ofensiva contra os curdos no norte da Síria - afirmou neste domingo que houve uma "coordenação" e "troca de informações" entre Ancara e Washington antes da operação.

Se ela for confirmada, seria a maior operação contra um dirigente jihadista desde a morte, em 2 de maior de 2011, de Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda abatido pelas forças especiais americanas no Paquistão.

- 'Pânico' -

De acordo com o OSDH, os ataques aéreos lançados contra os extremistas deixaram nove mortos em Idlib. Oito helicópteros dispararam contra uma casa e um automóvel nos arredores de Barisha, perto de Idlib, detalhou.

"Não podemos confirmar nem negar a presença de Bagdadi", afirmou o diretor da OSDH, Rami Abdel Rahman.

Um morador contactado pela AFP na zona de Barisha disse ter ouvido helicópteros e ataques de aviões poucos minutos depois da meia-noite.