Brasil

Polícia cancela reconstituição do assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais

Advogado da namorada do ator diz que ela não compareceu porque está com estresse pós-traumático. Reconstituição será remarcada, mas nova data ainda não foi definida

Por G1 01/10/2019 12h12
Polícia cancela reconstituição do assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais
Possíveis disfarces que o assassino do ator Rafael Miguel e dos pais dele - Foto: Polícia Civil

A polícia cancelou a reconstituição do assassinato do ator Rafael Henrique Miguel e dos pais dele, o casal João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, que estava marcada para acontecer na manhã desta terça-feira (1º). O crime ocorreu no dia 9 de junho na estrada do Alvarenga, do bairro Pedreira, na Zona Sul de São Paulo.

Segundo a polícia, Paulo Cupertino Matias atirou 13 vezes nas vítimas porque não aceitava o namoro de sua filha Isabela Tibcherani Matias com Rafael. Câmeras de segurança gravaram parte do crime. Imagens mostram as vítimas caindo após serem baleadas e o empresário fugindo. Ele continua foragido. A mãe de Isabela, Vanessa Tibcherani de Camargo, também presenciou o crime.

Isabela e Vanessa tinham sido intimadas a participar da reconstituição nesta terça, mas não compareceram ao local. Segundo o advogado Elinton Lima dos Santos, que defende Isabela e a mãe, a jovem não tinha condições de participar pois está se tratando de estresse pós-traumático.

“Ela está com problema psicológico. Está com estresse pós-traumático e está em tratamento. Não foi possível o comparecimento dela hoje, nem dela nem da mãe. Possivelmente devido. Ela está trabalhando nesse sentido de melhorar para poder comparecer”, disse o advogado.

A polícia poderia realizar a reconstituição sem as testemunhas, mas decidiu cancelar após reunião com os peritos da Polícia Técnico-Científica e o advogado. A reconstituição será remarcada, mas a data ainda não foi definida.

Segundo a Secretaria da Seguranca Pública (SSP), a namorada do ator assassinado e a mãe dela serão intimadas novamente.

A reconstituição deve ser a última etapa da investigação feita pelo 98º Distrito Policial (Jardim Miriam) sobre o crime. "É um ato importante, que vai apontar como o crime foi cometido, onde estavam as vítimas, o acusado e cada uma das testemunhas naquela tarde", explica Elinton Lima dos Santos.

Após a reconstituição, será elaborado um laudo. Depois disso, o inquérito deve ser relatado ao Tribunal do Júri de São Paulo.