Política

CPI das Fake News: PSL obstrui porque se sente ameaçado, diz relatora

Em entrevista a CartaCapital, a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) diz que ataques dos governistas podem inviabilizar investigações

Por Carta Capital 18/09/2019 10h10
CPI das Fake News: PSL obstrui porque se sente ameaçado, diz relatora
CPI das Fake News: PSL obstrui porque se sente ameaçado, diz relatora - Foto: Assessoria

Relatora da CPI das Fake News, que investiga a disseminação de informações falsas, a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) apresentou seu plano de trabalho na terça-feira 17, em clima de tensão com parlamentares do PSL. Uma das tarefas da comissão é apurar a difusão de fake news durante as eleições de 2018, mas, pela boca de governistas, a investigação é retratada como “CPI da Censura”.

Para Lídice, eles se sentem ameaçados. O pano de fundo é a acusação de que a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro (PSL) teria envolvimento com o financiamento de disparos de informações falsas pelas redes sociais. Apoiadores do presidente obstruem as sessões da comissão com a justificativa de que a CPI não opera com lisura, já que a oposição ocupa o cargo de relator. O senador Ângelo Coronel (PSD-BA) é presidente.

Entrevistada por CartaCapital, Lídice alerta que os ataques do PSL arriscam a existência da comissão: “Nós temos que fazer um acordo para não inviabilizar a CPI”. Segundo ela, já foram duas sessões em que os trabalhos não avançaram. O primeiro passo da investigação, diz, é delimitar o sentido jurídico de “fake news”. Em seguida, os parlamentares devem ouvir especialistas, jornalistas e autoridades para contribuírem às apurações. Na lista de convidados do governo está a ministra Damares Alves.

 

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