Saúde

Cresce o número de vítimas de atropelamentos no HE do Agreste 

O levantamento feito pelo hospital revela que 60% dos pacientes foram atropelados por motociclista

Por Assessoria 02/08/2019 08h08
Cresce o número de vítimas de atropelamentos no HE do Agreste 
Cresce o número de vítimas de atropelamentos no HE do Agreste  - Foto: Assessoria

O número de vítimas de atropelamentos que receberam cuidados no Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, cresceu 4,9% nos primeiros seis meses deste ano.

De janeiro a junho de 2018, o Hospital de Emergência do Agreste atendeu 284 pessoas. Este ano, a unidade recebeu 298 pacientes, ou seja, mais 14 vítimas de atropelamentos em relação ao mesmo período do ano passado.

O levantamento feito pelo hospital revela que 60% dos pacientes foram atropelados por motociclistas. Em Arapiraca e demais localidades do Agreste, as motos representam a maioria dos veículos circulando nas ruas e, também, na área rural dos municípios da região.

Dados da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) mostram que Arapiraca, a segunda maior cidade de Alagoas, possui uma frota de mais de 90 mil veículos, dos quais 42.614 motocicletas.

Por conta desse elevado número de veículos, o Hospital de Emergência Daniel Houly atende, diariamente, mais de 20 vítimas de atropelamentos, colisões e quedas de motos.

O trabalhador da construção civil Ednaldo da Silva Lima de Almeida, 24 anos, residente no Conjunto Vale do Perucaba, na periferia de Arapiraca, é mais uma vítima desse tipo de atropelamento.

O jovem está internado desde segunda-feira (29), após ser atingido por uma motocicleta. Ele sofreu traumas nas pernas e vários ferimentos pelo corpo.  

Para o ortopedista, traumatologista e especialista em ortopedia pediátrica, Lucas Barros Rodrigues, além de onerar todo o sistema público de saúde, essas ocorrências trazem um comprometimento social e na esfera trabalhista.

“A desatenção de ambas as partes e a atual estrutura das vias públicas contribuem com esse aumento significativo de acidentes. É preciso estar sempre atento para esse número não se elevar na classe pediátrica, principalmente no período de férias escolares”, adverte o médico do HE do Agreste.