Política

Bolsonaro volta a defender indicação de Eduardo: ‘Lógico que vou beneficiar filho meu’

O presidente declarou que “poderia colocar o filho em qualquer ministério”, mas que jamais faria isso, pois “Eduardo não está preparado”

Por Jovem Pan 18/07/2019 21h09
Bolsonaro volta a defender indicação de Eduardo: ‘Lógico que vou beneficiar filho meu’
Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) - Foto: Reuters

O presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar nesta quinta-feira (18), em transmissão ao vivo feita nas redes sociais, sobre a indicação do filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) a embaixador do Brasil nos Estados Unidos. “Lógico que pretendo beneficiar filho meu”, afirmou, esclarecendo que sua intenção é indicá-lo “a não ser que ele não queira”.

“To fazendo defesa do meu filho, sim, quem disser que não vai mais votar em mim, paciência. Não entendo porque essa crítica pela crítica. Minha intenção é indicá-lo a não ser que ele não queira”, pontuou. “É filho meu, lógico que pretendo beneficiar filho meu, sim […], mas a questão é realmente aprofundarmos nosso relacionamento com um país que é uma boa potência econômica.”

Ao relembrar a trajetória do filho no país norte-americano, Bolsonaro contou que, além de “já ter fritado hambúrguer” por lá, Eduardo também entregou pizza. “Ele queria aperfeiçoar seu inglês e tinha que ser lá. Como não tinha como bancá-lo por seis meses então ele fez esse trabalho humilde”, explicou. Ele citou ainda o fato do deputado falar inglês, espanhol e trabalhar no Grupo de Lima na questão da Venezuela.

“O trabalho de quem é embaixador é servir de cartão de visita. Quase o meu caso né, ou eu entendo de infraestrutura? Não, não entendo. Eu entendo de saúde, não, não entendo”, afirmou. 

Bolsonaro tem sido questionado pela decisão: 64,9% dos brasileiros disseram ser contra, segundo dados do Paraná Pesquisas. “Provou que não é nepotismo. Se fosse, vocês acham que eu ia cometer um crime?”, rebateu. “Me perguntam: cadê a meritocracia? Me aponte nos últimos anos uma boa ação que os diplomatas que estavam nos Estados Unidos fizeram pelo Brasil. Nada. Porque era uma indicação política com viés de esquerda”, justificou.

O presidente declarou que “poderia colocar o filho em qualquer ministério”, mas que jamais faria isso, pois “Eduardo não está preparado”. “Ele tá preparado para ser um bom cartão de visitas, fazer bons relacionamentos lá nos EUA.”