Política

Tabata Amaral diz que boa política não pode ser dogmática e que sofre perseguição

"Quando algum membro decide tomar uma decisão que considere responsável e fiel ao que acredita ser importante para o país, há perseguição política"

Por Estadão Conteúdo 14/07/2019 19h07
Tabata Amaral diz que boa política não pode ser dogmática e que sofre perseguição
A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) discursa no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília - Foto: Estadão Conteúdo

Criticada por segmentos da esquerda e por membros do seu próprio partido por ter votado a favor da reforma da Previdência na última semana, a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) usou seu espaço quinzenal no jornal Folha de S. Paulo para reforçar sua convicção de ter ido contra a orientação do PDT . Ela ainda destacou que está sofrendo perseguição política.

Além de Tabata, outros sete deputados da sigla disseram “sim” à reforma, além de 11 membros do PSB, também contrariando a ordem dos líderes. “A boa política não pode ser dogmática”, escreveu a deputada.

“Não estamos falando de dois ou três parlamentares, mas de praticamente um terço das bancadas de duas relevantes siglas que ocupam posição mais ao centro no espectro da esquerda. A expressividade dessa dissidência acendeu ao menos a luz amarela nas estruturas?”, questionou Tabata.

Tabata também criticou a inflexibilidade do que chamou de extrema esquerda, a qual, na sua opinião, está “enclausurada em suas amarras”. “Quando algum membro decide tomar uma decisão que considere responsável e fiel ao que acredita ser importante para o país, há perseguição política. Ofensas, ataques à honra e outras tentativas de ferir a imagem tomam lugar do diálogo. Exatamente o que vivo agora”, escreveu.

Sexta colocada no quadro geral de deputados eleitos em 2018, Tabata ganhou os holofotes por conta de sua trajetória de vida e planos para a educação, inclusive contestando duramente o então ministro da Educação Ricardo Vélez Rodriguez e seu sucessor, Abraham Weintraub.

Após ter se posicionado a favor da reforma da Previdência, a pedetista foi atacada pelos partidos de esquerda e por seus próprios correligionários. Na última quinta-feira (11), o ex-ministro e candidato à Presidência Ciro Gomes disse que Tabata e os outros dissidentes deveriam tomar a iniciativa de deixar o PDT.