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Governo diz que 25 militares venezuelanos pediram asilo na embaixada brasileira

Capital da Venezuela vive dia de confronto

Por G1 30/04/2019 16h04
Governo diz que 25 militares venezuelanos pediram asilo na embaixada brasileira
Governo diz que 25 militares venezuelanos pediram asilo na embaixada brasileira - Foto: Fernando Llano/AP

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rego Barros, confirmou nesta terça-feira (30) que 25 militares venezuelanos pediram asilo na embaixada brasileira na Venezuela.

A informação foi publicada primeiramente no blog da jornalista Míriam Leitão. Rego Barros foi questionado sobre o assunto e confirmou a informação.

Já de acordo com o jornalista Valdo Cruz, da GloboNews, os militares venezuelanos que pediram asilo ao governo brasileiro não são de alta patente.

Rego Barros não informou se o Brasil vai conceder asilo a eles.

Nesta terça, as ruas de Caracas, capital da Venezuela, foram tomadas por confrontos horas após o presidente autoproclamado, Juan Guaidó, ter convocado a população a se manifestar contra o regime de Nicolás Maduro.

Guiadó anunciou o apoio de militares para derrubar o governo e deu início à fase final da chamada Operação Liberdade.

Maduro acusa os oposicionistas de tentativa de golpe. Ele postou que militares demonstraram "total lealdade ao povo, à Constituição e à Pátria". Também convocou às ruas a população que o apoia. "Venceremos", escreveu o chavista em rede social.

Ainda pela manhã, grupos de manifestantes tentaram entrar na principal base aérea do país, a Generalísimo Francisco de Miranda, conhecida como La Carlota. O local foi escolhido como ponto de apoio a Guaidó.

Manifestantes forçaram as grades, mas os militares responderam com disparos de bombas de gás. Carros blindados da polícia também avançavam sobre manifestantes.

Um dos veículos chegou a acelerar sobre a multidão, atropelando pessoas e provocando correria que derrubou mais gente perto da La Carlota. Logo após o carro avançar, uma chama foi vista sobre o veículo. Não era possível identificar, no entanto, de onde partiu o fogo.