Justiça

Irmãos Boiadeiro têm pedido de liberdade negado mais uma vez pela Justiça

Baixinho, Preto Boiadeiro e "Pé de Ferro" também recorrem de condenação por homicídio

Por 7 Segundos 25/04/2019 09h09
Irmãos Boiadeiro têm pedido de liberdade negado mais uma vez pela Justiça
Júri dos irmãos Boiadeiro - Foto: Anderson Bambluck/cortesia

Após negativa de liminar do desembargador Washington Luiz Damasceno a José Anselmo Cavalcanti de Melo, o Preto Boiadeiro, José Márcio Cavalcanti de Melo, o Baixinho Boiadeiro, e a Thiago Ferreira dos Santos, conhecido como "Pé de Ferro" condenados por homicídio qualificado e tentativa de homicídio, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou mais uma vez habeas corpus aos réus, que tinham a intenção de responder em liberdade a recursos contra as condenações judiciais.

A decisão foi tomada durante sessão da Câmara Criminal, na quarta-feira (24). O advogado dos irmãos Boiadeiro e de Thiago Santos se manifestou a favor da liberdade dos condenados, mas os desembargadores Sebastião Costa Filho, João Luiz Azevedo Lessa e Washington Luiz Damasceno Freitas decidiram, por unanimidade, que os dois devem permanecer presos durante a tramitação dos demais recursos.

Baixinho Boiadeiro foi condenado a 45 anos e daz meses de prisão e Preto Boiadeiro e Pé de Ferro foram sentenciados a 58 anos e 4 meses de prisão pelo duplo homicídio de Edivaldo Joaquim de Matos e Samuel Theomar Bezerra Cavalcante, ocorrido em 2006 em Batalha.

O crime foi mais um capítulo da guerra entre as famílias Boiadeiro e Dantas que teve como última vítima o vereador Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro, que foi assassinado no momento em que saía da Câmara de Vereadores de Batalha, em outubro de 2017. Três homens, acusados de serem os mandantes do assassinato foram presos, mas até hoje não foi revelado quem foi os mandantes do assassinato.

No mesmo dia da morte do pai, Baixinho Boiadeiro entrou em confronto com José Emílio Dantas, e passou a ser procurado pela polícia por tentativa de homicídio. De acordo com a polícia, também partiu dele os tiros que mataram o vereador Tony Pretinho, assassinado em novembro de 2017. Em fevereiro deste ano, a polícia divulgou também que Baixinho Boiadeiro teria encomendado a morte da prefeita de Batalha, Marina Dantas, e do esposo dela, o deputado estadual Paulo Dantas. Segundo a polícia, pistoleiros pernambucanos teriam sido contratados por R$ 290 mil para executar o crime.