Justiça

MP/AL investiga soltura de acusado de matar e esquartejar homem em Girau do Ponciano

Ubirajara da Silva dos Santos foi solto sem determinação judicial

Por 7Segundos, com assessoria 15/03/2019 19h07
MP/AL investiga soltura de acusado de matar e esquartejar homem em Girau do Ponciano
Promotor de Justiça, Rodrigo Soares - Foto: Ascom MPE-AL

O Ministério Público (MPE/AL), por meio da Promotoria de Justiça de Girau do Ponciano, instaurou um inquérito para apurar a soltura de Ubirajara da Silva dos Santos, acusado de matar e esquartejar Genaldo Vieira dos Santos. O acusado foi solto sem determinação judicial.

De acordo com o promotor de Justiça, Rodrigo Soares, o juiz assegurou não haver expedido nenhum alvará em favor do assassino.

“Há provas mais do que suficientes para o acusado ir a júri popular. Estou aguardando a sentença de pronúncia, no entanto, pelo fato da soltura do criminoso já instaurei inquérito civil para que todos os esclarecimentos sejam dados, inclusive já solicitados à Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social”, esclarece o promotor Rodrigo Soares.

O representante ministerial considera a liberação sem determinação judicial, grave. “E o Ministério Público precisa saber em que circunstâncias isso ocorreu, já que o acusado teve a prisão decretada por um crime bárbaro e que chocou, à época, toda a sociedade, não somente local, mas de todo estado”, ressalta o promotor Rodrigo.

O caso

Genaldo teria sido arrastado de casa e morto por engano por um grupo ligado ao tráfico de drogas na região. O esquartejamento foi comandado por Thaise Nascimento Duarte, à época com 19 anos.

Presos, os acusados criaram uma estória para justificar a barbárie, afirmando que a vítima teria sido morta por vingança, pois teria executado duas crianças, mas a polícia desmentiu a versão.

Ubirajara foi preso uma semana após o crime. Na ocasião, também foram presos: Brimax da Silva, de 24 anos (seu irmão), Romário dos Santos Silva, de 26, Eduardo Fernandes dos Santos, de 30, e apreendida M.C.D.S., de 14 anos.

Thaise foi interceptada dez dias depois tentando fugir para Pernambuco com um comparsa, identificado como Claudemir Henrique Evangelista.