Saúde

Reforma da câmara fria de mercado em Arapiraca ainda não foi concluída

As carnes que chegam ao Mercado Público vão direto para as tarimbas

Por 7 Segundos 11/03/2019 12h12
Reforma da câmara fria de mercado em Arapiraca ainda não foi concluída
Até que câmara fria seja reformada, os marchantes são responsáveis pelo armazenamento de seus produtos - Foto: Josival Meneses/7 Segundos

Enquanto a reforma da câmara fria do Mercado Público de Arapiraca não é concluída, os próprios comerciantes de carne são responsáveis pelo acondicionamento e pela refrigeração dos produtos que chegam do frigorífico. As obras, no entanto, seguem a passos lentos, de acordo com os comerciantes.

A reportagem do 7Segundos esteve no local na sexta-feira (8) e não encontrou operários trabalhando na câmara fria. Havia metralha na entrada do local e material de construção. A nova porta, que ainda vai ser instalada, estava encostada em um canto. 

Os marchantes que trabalham no mercado público contam que, sem as câmaras frias, todo o volume de carne que chega do frigorífico precisa ficar armazenado nas tarimbas. As bancas possuem freezers próprios, mas nem sempre tem capacidade suficiente para armazenar todo o produto. Quando a câmara fria está funcionando, a maior parte da carne que não está exposta para a venda, fica armazenada no local, para não correr o risco de deterioração.

Apesar do costume de boa parte dos consumidores de Arapiraca de comprar carne antes de passar por refrigeração, a chamada "carne fresca" está mais suscetível a contaminação por insetos e a deterioração. Na semana passada, a Vigilância Sanitária de Arapiraca informou que desde o início do ano, 600 quilos de carne foram apreendidos na cidade. Parte desse produto estava impróprio para o consumo devido as condições de armazenamento e de higiene no local do comércio. 

O risco de se consumir carne contaminada é grande em Arapiraca. Não é só a carne vendida no Mercado Público, sem a refrigeração adequada, a qualidade do alimento também pode estar comprometida na feira livre do bairro Jardim Esperança, onde as carnes são expostas diretamente em chapas metálicas enferrujadas nas bancas. O município também tem um percentual preocupante de carne clandestina sendo comercializada: 80% do que é vendido em feiras, açougues e supermercados tem origem desconhecida, de acordo com a Associação dos Frigoríficos do Nordeste.

Conforme nota encaminhada pela prefeitura, a câmara fria do Mercado Público deve voltar a funcionar até o fim de março:

NOTA - PREFEITURA DE ARAPIRACA

A Prefeitura de Arapiraca, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, responsável pela administração do Mercado Público Municipal, informa que a reforma da câmara fria do estabelecimento deve ser finalizada até o final deste mês.

Até lá, cada comerciante é responsável pela manutenção de seus produtos.