Agreste

Prefeitura de Palmeira dos Índios gasta quase R$ 8 milhões para contratar garis por seis meses

O contrato foi realizado com uma cooperativa de Vitória da Conquista

Por 7Segundos 18/01/2019 06h06
Prefeitura de Palmeira dos Índios gasta quase R$ 8 milhões para contratar garis por seis meses
Prefeitura de Palmeira dos Índios é multada pelo TCE por não cumprir diligências - Foto: Reprodução

Em tempos de redução de gastos e gestores públicos alegando não terem recursos para realizar ações prioritárias na saúde, educação e segurança, a Prefeitura de Palmeira dos Índios vai na contramão da atual crise financeira.

O município firmou um contrato com a Coopserba  (Cooperativa de Trabalho e Prestação de Serviços Gerais e Específicos), com sede em Vitória da Conquista, na Bahia, para a contratação de garis.  O valor do contrato é a bagatela de R$ 7.830.779,40, com vigência de apenas seis meses.   

Recentemente, prefeituras alagoanas, a exemplo de Senador Rui Palmeira, Olivença, Major Isidoro, Carneiros, Boca da Mata, Belo Monte e Igreja Nova publicaram editais de concursos públicos e/ou processos seletivos. A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) divulgou, recentemente, um Processo Seletivo Simplificado (PSS) para profissionais da área de educação. Todo o processo seletivo será feito por meio de um site disponibilizado pela Seduc sem nenhum custo para os cofres públicos. 

O Portal 7Segundos entrou em contato com a Prefeitura de Palmeira dos Índios para questionar por que o município optou pela contratação de uma cooperativa com um valor  exorbitante por um período tão curto,  ao invés de realizar concurso público ou um PSS. 

O procurador geral do município, Marcondes Aurélio de Oliveira, justificou a iniciativa da gestão informando que é a realização de concurso para esse tipo de atividade pode gerar, no futuro,  problemas previdênciarios para o município, já que  boa parte dos garis apresenta muitos problemas de saúde. "É uma tendência as prefeituras optarem por esse tipo de contrato”. Náo há nenhuma irregularidade , inclusive o Supremo Tribunal Federal já autorizou esse  tipo de processo", finalizou o procurador.