Política

Lula celebra ano novo na companhia de partidários que estão em frente a sede da PF

Segundo PT do Paraná, mais 1.500 pessoas evem participar dos toques de fim de ano

Por 7segundos com Correio do Povo 31/12/2018 21h09
Lula celebra ano novo na companhia de partidários que estão em frente a sede da PF
Pela primeira vez Lula, de 73 anos, passará o ano novo na prisão - Foto: Foto: AFP / Mauro Pimentel / CP

Apoiadores e partidários do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba, chegaram à cidade para celebrar o Ano Novo nas proximidades da sede da Polícia Federal, no Paraná. Lula, de 73 anos, passará o Ano Novo em sua cela especial, localizada no quarto andar da PF. O ex-presidente começou a cumprir condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em abril.

Desde que foi preso, em 7 de abril, uma vigília é mantida por partidários em frente à sede da PF. Do pequeno terreno observa-se a janela do fundador do Partido dos Trabalhadores, e seus simpatizantes lhe dão em horas marcadas "bom dia", cantam canções ou realizam reuniões no local. A assessoria do PT, na capital paranaense, afirma que 1.500 pessoas devem participar dos toques de fim de ano. A agenda contempla atividades culturais, saudações ao ex-presidente, um ato político e um ato religioso.

A partir das 23h, a militância, junto com alguns dirigentes, como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, aguardará a chegada de 2019. Quando o dia primeiro de janeiro do novo ano raiar serão completados 16 anos da primeira posse de Lula como presidente do Brasil, ocorrida em 2003, sob um emocionante ato em Brasília diante de 200 mil seguidores. Nesta terça, a posse de Jair Bolsonaro representa uma guinada da extrema direita.

Durante a noite de Natal seus seguidores também se concentraram em frente à sede da PF em Curitiba para manifestar o seu apoio. "Esse Natal não poderei estar junto fisicamente com a minha família, meus filhos e netos. Mas não estou sozinho. Estou com vocês da vigília, que têm sido minha família", escreveu o ex-presidente. Lula, que responde a outros processos, se declara inocente em todos e denuncia uma conspiração para impedi-lo de voltar ao poder.