Eleições 2018

Depois de agressão a aluno, universidade do RJ suspende aulas após 2º turno

Por Uol 24/10/2018 21h09
Depois de agressão a aluno, universidade do RJ suspende aulas após 2º turno
Depois de agressão a aluno, universidade do RJ suspende aulas após 2º turno - Foto: Reprodução/Uol

Depois que um estudante sofreu uma agressão por fazer campanha política, a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) anunciou a suspensão das aulas na próxima segunda-feira (29), dia seguinte à votação do segundo turno das eleições.

Em comunicado, a Unirio atribuiu a decisão de suspender as aulas por "possíveis dificuldades de locomoção decorrentes do momento político pelo qual passam nosso estado e nosso país". A nota foi publicada na terça-feira (23) e está em nome dos Conselhos Universitário e de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unirio.

Um estudante de história afirmou ter se envolvido em uma briga e sofrido agressões por distribuir panfletos do candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, na Praça Lauro Muller, que fica próxima à universidade no último dia 20, em Botafogo, na zona sul do Rio.

O jovem, de 22 anos, que não teve o nome revelado, disse que ele e um grupo de amigos discutiram com desconhecidos que mandaram que eles parassem com a panfletagem. Ele disse que foi atingido por socos e golpes com uma barra de metal e afirmou suspeitar ter sido agredido por motivação racista.

O UOL não conseguiu confirmar com a polícia se o caso foi registrado pela vítima em uma delegacia. A reportagem também tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da instituição, mas não obteve resposta.

Nesta quarta-feira, os mesmos conselhos universitários e de ensino que anunciaram a suspensão das aulas publicaram um manifesto na página da instituição afirmando que "nossa segurança institucional, acadêmica e até mesmo física da nossa comunidade universitária encontra-se em risco imediato, em especial, do nosso corpo discente [estudantil]".

O manifesto diz ainda: "a ascensão das forças reacionárias traz um forte ataque às mulheres, ao povo negro, à população LGBT, aos indígenas e quilombolas, aos trabalhadores e trabalhadoras em geral. Temos de resistir em nome dos valores civilizatórios construídos ao longo dos últimos dois séculos".