Polícia

'Quase perdi a perna', diz ex-paciente atendida por Doutor Bumbum

Brasiliense Magda Maria Cardoso da Silva, 54 anos foi paciente de Denis Cesar Barros Furtado

Por Notícias Ao Minuto 20/07/2018 14h02
'Quase perdi a perna', diz ex-paciente atendida por Doutor Bumbum
Denis Cesar Barros Furtado foi preso e indiciado por homicídio - Foto: reprodução/internet

Uma bioplastia na perna da pensionista Magda Maria Cardoso da Silva, 54 anos, se transformou em pesadelo em 2013. A brasiliense foi paciente de Denis Cesar Barros Furtado, o "Doutor Bumbum", preso e indiciado por homicídio qualificado, nessa quinta-feira (19), após realizar aplicação de silicone nas nádegas de outra mulher, que acabou morrendo no último domingo (15).

A primeira sessão da correção foi feita em Brasília. Já a segunda, afirmou, teve consequências sérias que poderiam ter causado a perda do membro esquerdo de Magda. "Conheci o Denis pela internet. Pesquisava um profissional para fazer uma correção na minha perna esquerda, que era mais fina. O primeiro atendimento foi em um consultório que ele mantinha na Asa Norte de Brasília (DF). E foi tudo tranquilo. Seis meses depois, tive que retornar para fazer a última sessão e foi aí que começou o meu pesadelo", lembrou, ao Extra.

A segunda etapa do procedimento, orçado em R$ 12 mil, foi realizado na casa dele, no Lago Sul de Brasília. "Lembro que na segunda sessão senti uma dor insuportável e minha perna começou a sangrar muito. Minha amiga chegou a questionar o médico e ele disse que era normal. Ele colocou um esparadrapo e me mandou ir para casa. Alguns dias se passaram e a minha perna começou a ficar muito inflamada. Doía muito. Entrei em contato com o Denis e ele disse que estava no Rio e que mandaria uma enfermeira dele levar uma receita médica com antibiótico e anti-inflamatório pra mim, mas nada disso adiantou", contou.

Como os remédios prescritos pelo "Dr. Bumbum" não haviam dado resultado, Magda, que mal conseguida andar, ligou para Denis, que a orientou a não procurar uma emergência. "Ele me disse para não ir ao hospital, porque os médicos não saberiam cuidar do meu problema e só ele poderia me ajudar. Mas não aguentei. E uma amiga acabou me levando para a emergência. De lá, fui transferida para o Hospital das Forças Armadas e passei por mais de três internações por quase um mês. Tive que fazer drenagem e até hoje minha perna não voltou ao normal. Quase perdi a minha perna. Eu poderia ter virado a primeira vítima fatal dele", lamentou.

Após o caso, Magda resolveu entrar na Justiça contra o médico. Ela disse que a mãe dele, que também foi presa, chegou a ameaçá-la. "Ela falou em tom de ameaça que o advogado dela iria tomar a minha 'casinha'. Fiquei muito assustada, mas levei o caso adiante. O processo está correndo até hoje, mas a Justiça nunca conseguiu entregar uma intimação para ele. Agora, espero que a Justiça seja, finalmente, feita", disse Magda.