Polícia

PM baiano é investigado por estupro de adolescente em Delmiro Gouveia

Por 7Segundos com Inhapi em Foco 13/03/2018 09h09
PM baiano é investigado por estupro de adolescente em Delmiro Gouveia
Menor foi violentada em 2017 e tem sofrido ameaças desde então - Foto: Inhapi em Foco

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar uma denúncia que envolve abuso sexual contra uma adolescente e que teria sido cometida por um policial militar da Bahia. O caso teria ocorrido em abril de 2017, mas a família da vítima só registrou a denúncia na semana passada. O suposto abuso deverá ser investigado pelo delegado Rodrigo Cavalcanti, titular de Delmiro Gouveia, que confirmou a abertura do inquérito. O delegado disse ainda que as investigações estão em curso e que o suspeito ainda não foi intimado.

A polícia tomou conhecimento do fato, depois que o pai da vítima procurou ajuda policial para investigar o caso. O pai da adolescente de 17 anos, é guarda municipal e relatada que a vítima tem sofrido ameaças desde que ocorreu o estupro.

A um portal local, o pai – que terá identidade preservada – relatou que um homem identificado como Danilo da Silva, de 33 anos, teria abusado sexualmente de sua filha, no dia 21 de abril de 2017, quando ela ainda tinha 16. Vítima e agressor teriam se conhecido através de uma rede social e marcaram encontro em um posto de conveniência da cidade, de onde foram para um motel.

A garota conta que foi até o posto voluntariamente e que chegando no local o PM se declarou para a menor. Disse que estava apaixonado e a adolescente era a mulher da vida dele. Mesmo com as investidas, a menor alega que tudo que aconteceu desse momento em diante foi forçado pelo PM. Ela conta que foi obrigada a entrar no veículo de Danilo, que dirigiu até um motel, situado na AL-145. O estupro teria durado cerca de quatro minutos e a menor conta teri sido  ameaçada de morte loco depois do abuso.

O pai da menina relatou que notou o comportamento estranho da jovem desde então, mas que ela não contou à família o que estava acontecendo. As ameaças teriam continuado por meio de mensagens e áudios, através de um aplicativo de mensagens. O pai conta que nos textos Danilo ameaçava a menor e também seus familiares.

“Apesar da pressão, minha filha não se rendeu às ameaças, embora tenha sofrido muito com isso e sozinha. Ela ainda tentou pedir ajuda a familiares do Danilo, mas não recebeu apoio. Chegou ao ponto dela nos pedir para ir morar em Maceió, alegando que pretendia se preparar para estudar medicina. Como não sabíamos de nada e ela sempre foi muito estudiosa, nem desconfiamos que, na verdade, ela queria fugir do estuprador[sic]”, disse o pai a um portal de notícias local.

Muito tempo depois, a menor teria dito o que aconteceu a um amigo que é filho de um major da PM. Ao tomar conhecimento do fato, o major teria ligado para o policial baiano. Danilo teria dito à família que estava sendo ameaçado de morte e os familiares do PM procuraram a família da adolescente por acreditar que as ameaças feitas à Danilo tinham sido feitas pela família da menor. “Eles chegaram falando que já tinham arrumado dois advogados e que também tinham comunicado o ocorrido ao batalhão ao qual o militar está lotado. Perguntei do que estavam falando e eles revelaram que o parente estava sendo acusado de molestar minha filha[sic]”, contou o pai.

A partir desse momento a família da jovem formalizou a queixa, no último dia 07, em Delmiro Gouveia, e algumas pessoas já foram ouvidas, mas o militar ainda não foi localizado e seu depoimento ainda não foi colhido.

Apesar do tempo transcorrido desde o abuso até o início das investigações, a menor deve passar por exames periciais.

A Polícia Civil suspeita que outras jovens podem teri sido vítimas do policial militar e sugere que qualquer informação a esse respeito deve ser formalizada na delegacia.