Polícia

Delegacia que recebe presos de distrito regional está com fossa estourada

Além do risco de contrair doenças, agentes trabalham para evitar fugas

Por 7Segundos 27/12/2017 15h03
Delegacia que recebe presos de distrito regional está com fossa estourada
Delegacia de Igreja Nova funciona com fossa estourada - Foto: Cortesia ao 7Segundos

A única delegacia que recebe presos encaminhados pela regional de Penedo – responsável por mais seis municípios alagoanos – funciona com fossa estourada e o risco de fuga dos detentos.

O imóvel localizada em Igreja Nova, na região do Baixo São Francisco, é um atentado à saúde pública, fato constatado nas imagens enviadas ao 7Segundos e também por órgãos como Ministério Público Estadual, Defensoria Pública Estadual e Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol).

Apesar da recomendação de não receber mais presos, o distrito policial de Igreja Nova continua sendo o destino dos que ainda não podem desfrutar das acomodações da Casa de Custódia, nome oficial para o cadeião que a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas está instalando em Penedo.

Como a obra de adaptação do prédio onde funcionava a delegacia regional deve ser entregue em fevereiro de 2018 e os outros distritos policiais da área de responsabilidade de Penedo não têm xadrez ou as celas são piores do que as de Igreja Nova, não resta alternativa.

Submetidos ao ambiente insalubre, policiais e detentos cobram solução.

Além do risco de contrair doenças para presos e agentes da Polícia Civil por conta da fossa estourada, o local que deveria abrigar apenas nove detentos já teve duas tentativas de fuga abortadas.

Com 13 presos até o meio desta última semana de 2017, o xadrez deve aumentar em lotação com as festas de fim de ano e as celebrações ao padroeiro dos ribeirinhos na região, as festas de Bom Jesus promovidas a cada final de semana até o final de fevereiro em uma cidade por vez.

Preocupados com o risco de fugas, policiais lotados em Igreja Nova pedem providências, efetivo que sequer dispõe de uma viatura para realizar diligências ou outros procedimentos, o que atrasa processos na justiça, falta de condição de trabalho já comunicada ao poder judiciário da comarca local.