Agreste

Servidores de prefeitura do Agreste cobram salários atrasados e decretam paralisação

Categoria ainda não recebeu 13º de 2017 e nem folhas de 2016

Por 7Segundos 26/12/2017 17h05
Servidores de prefeitura do Agreste cobram salários atrasados e decretam paralisação
Polícia cumpre mandado de busca e apreensão na casa de ex-prefeito de Campo Grande - Foto: Cortesia

Funcionários da prefeitura de Campo Grande, município localizado na região Metropolitana do Agreste alagoano, decretaram a paralisação dos serviços nesta terça-feira (26).

De acordo com a decisão tomada em assembleia promovida pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Campo Grande (Sindcamp), a prefeitura não pagou o 13º salário deste ano.

Segundo as informações passadas ao 7Segundos por representante da entidade sindical, a gestão municipal informou que iria pagar o 13º até quarta-feira passada, dia 20, mas o computador utilizado para gerar as folhas de pessoal da prefeitura de Campo Grande teria sido apreendido pela polícia durante operação realizada na quinta-feira, 21.

“A justificativa que nos foi passada é que a ordem de pagamento, junto com a documentação que estava no computador não chegou a ser enviada para o banco”, disse Ivan Ponciano, presidente do Sindcamp.

Apesar do motivo alegado, os servidores iniciaram a greve que deve ser mantida até que se pague o 13º de 2017 dos trabalhadores que também cobram o 13º do ano passado e o salário de dezembro de 2016.

“O que aconteceu no ano passado é que quem recebeu o décimo não recebeu o salário de dezembro e quem recebeu dezembro, não ganhou o 13º salário”, informa Ponciano.

O município de Campo Grande é atualmente administrado por José Tenório dos Santos Neto, nome de batismo de Igor Higino, vice-prefeito e filho de Arnaldo Higino, preso em 24 de novembro, após ser flagrado recebendo dinheiro das mãos de um empresário, suposto flagrante de entrega de propina, conforme investigação coordenada pelo Ministério Público Estadual.

O Sindcamp informa ainda que oficializou o início da greve na Secretaria Municipal de Saúde porque o governo decretou recesso em repartições públicas de 20 de dezembro até 02 de janeiro, determinado a permanência dos serviços essenciais e conferindo autonomia para cada pasta montar sua escala de trabalho.