Justiça

Promotor de justiça pede afastamento de secretário e funcionários de prefeitura

Solicitação de representante do MPE foi encaminhada para a justiça

Por Fernando Vinícius/7 Segundos 01/12/2017 13h01
Promotor de justiça pede afastamento de secretário e funcionários de prefeitura
Promotor de Justiça Kleber Valadares atua em Girau do Ponciano e Campo Grande - Foto: Arquivo MPE Alagoas

O promotor de justiça Kleber Valadares pede o afastamento de três membros do primeiro escalão do governo da prefeitura de Campo Grande, município localizado na região Agreste de Alagoas cujo prefeito Arnaldo Higino está preso desde sexta-feira, 24 de novembro.

Em documento encaminhado para a Justiça, o representante do Ministério Público Estadual (MPE) solicita que a juíza da comarca de Girau do Ponciano – responsável pelas demandas jurídicas da vizinha cidade de Campo Grande – suspenda do exercício da função pública as seguintes pessoas:

José Wilton Santos – Secretário de Administração de Campo Grande

Alex Garcia Oliveira da Silva – Controle Interno da Secretaria de Finanças

Saulo Suel Inácio dos Santos – responsável pelo setor de contratações da Prefeitura de Campo Grande e presidente da CPL (Comissão Permanente de Licitação)

De acordo com os termos do documento que o 7Segundos teve acesso com exclusividade, o promotor de justiça fundamenta o pedido com base na investigação que apura a suposta prática de crimes durante a gestão de Miguel Joaquim dos Santos Neto, popular Miguel Higino, prefeito de Campo Grande no período de 2013 a 2016.

Por conta do procedimento aberto, Kleber Valadares esteve na sede da prefeitura de Campo Grande nessa quinta-feira (30) para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos.

Contudo, o promotor de justiça encontrou pastas e papéis espalhados no chão, mas nada relativo à contratação de pessoal, tanto durante a gestão de Miguel Higino, quanto no atual governo de Arnaldo Higino,

O indício de extravio de documentos fundamenta o pedido de afastamento dos três membros do governo que foi, no mínimo, relapso com a guarda de documentos da prefeitura de Campo Grande.

A bagunça na sede do governo municipal também pode ser entendida como tentativa de obstrução do trabalho do MPE e da Justiça, segundo Kleber Valadares. Ele também considera a possibilidade de destruição de provas por parte dos responsáveis pelas licitações da prefeitura de Campo Grande e por isso pede o afastamento dos três nomes acima citados.