Educação

Educadores paralisam atividades por não cumprimento de acordo salarial

Por 7 Segundos Arapiraca 22/11/2017 10h10
Educadores paralisam atividades por não cumprimento de acordo salarial
Educadores municipais paralisam atividades por não cumprimento de acordo salarial - Foto: Divulgação

Educadores do município de Ouro Branco, no Sertão de Alagoas, anunciam que devem paralisar as atividades nesta quinta (23) e sexta-feira (24), pelo descumprimento da mesa de negociação salarial e desvalorização dos profissionais da categoria. A concentração está marcada para às 9h, em frente ao prédio da prefeitura.

O 7 Segundos conversou com o pedagogo e pós-graduado em Gestão Ambiental, Josimário Severino Silva, que trabalha como professor em Ouro Branco há 20 anos e é presidente da comissão local do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) no município.

“Ao longo dos anos a categoria vem perdendo um reajuste de 10 a 11% pelo não cumprimento de acordos salarias com o ex-prefeito, que nos anos de 2015 e 2016 negociou um valor X com a gente e só cumpriu metade”, contou. 

Passado isso, o atual prefeito, Edmar Barbosa (PMDB), que era secretário de Finanças na gestão passada e foi indicado pelo ex-prefeito Atevaldo Cabral Silva nas últimas eleições, quando saiu vitorioso, vem fazendo a mesma coisa, de acordo com Josimário.

“Ele acordou, em julho, um reajuste de 8%, sendo 6% em setembro com o retroativo de abril, e 2% em outubro com o retroativo de maio, mas o de outubro ele não cumpriu”, explicou o professor. “Depois de muita luta acatamos a proposta dele mesmo perdendo dinheiro, visto que a nossa data base é março e aceitamos só receber dois meses retroativos, e ainda sim ele nos enganou”.

O que tem incomodado a categoria é que no Projeto de Lei enviado para a Câmara Municipal – e aprovado pelos vereadores - o gestor garante apenas 6% de aumento, número diferente do acordado com os educadores. “Ele é apenas um laranja, é um sucessor do ex-prefeito, está fazendo a mesma coisa”, falou Josimário.

Sobre o assunto, o 7 Segundos tentou entrar em contato por telefone com a Prefeitura e também com a secretária de educação, Amélia Cabral, sem êxito.

Na pauta da paralisação também consta a redução da carga horária do primeiro ao quinto ano, que é de 17h semanal, mas os professores estão cumprindo 20h; além da convocação dos professores aprovados no último concurso público, em 2016. 

“A validade do concurso é dia 07 de dezembro e até agora não houve prorrogação por mais um ano, paralelo a isso a lista de contratados é imensa”, relatou um dos aprovados que passou em segundo lugar para professor de Ciências.