Alagoas

“Traipu vai voltar a ser um sítio”, diz comerciante sobre fechamento de agência

Banco do Brasil anunciou encerramento de atividade no município ribeirinho

Por 7 Segundos Arapiraca 26/10/2017 12h12
“Traipu vai voltar a ser um sítio”, diz comerciante sobre fechamento de agência
Moradores de Traipu protestam contra fechamento de agência - Foto: Josival Meneses/7 Segundos

O município de Traipu está próximo de sofrer um grande retrocesso em seu desenvolvimento, atraso provocado pelo encerramento das atividades da única agência bancária da cidade banhada pelo Rio São Francisco.

Anunciada pela superintendência estadual do Banco do Brasil para acontecer no final de novembro, o fechamento da agência vai obrigar servidores públicos municipais, aposentados, comerciantes, agricultores e os demais setores da população traipuense a utilizar os serviços bancários em Girau do Ponciano, município localizado na região Agreste de Alagoas.

O deslocamento dos correntistas deve aumentar o número de assaltos no percurso entre as duas cidades, viagem que dura cerca de meia hora, principalmente nas datas de pagamento para servidores ou aposentados.

“O fechamento do banco vai causar mais desemprego em nossa cidade, sem falar no risco de assalto na estrada para Girau. Isso não pode acontecer, todo mundo foi pego de surpresa e se acontecer o fechamento do banco, também acontecer o fechamento do comércio, Traipu vai voltar a ser um sítio”, afirmou Madson de Souza Santos, comerciante que atua há 16 anos no município cuja população é de pouco mais de 27 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE para 2017.

O censo de 2015 do IBGE registrou 25.702 pessoas residindo em Traipu e apenas 5,7% da população formalmente empregada, ou seja, trabalhando com carteira assinada. Além disso, o instituto aponta renda média mensal de 1,5 salário mínimo.

Madson era um dos manifestantes que participaram do protesto realizado nesta quinta-feira (26), em frente ao Banco do Brasil. A manifestação foi acompanhada pela reportagem do 7 Segundos.