Baixo São Francisco

Presidente da Câmara diz que fechamento de banco é a morte do comércio e do povo

Por 7 Segundos Arapiraca 26/10/2017 09h09
Presidente da Câmara diz que fechamento de banco é a morte do comércio e do povo
População protesta contra o fechamento da agência do BB na cidade de Traipu. - Foto: Jânio Barbosa

Na manhã desta quinta-feira (26) o 7 Segundos acompanha uma mobilização na cidade de Traipu, no Baixo São Francisco, onde a população condena o fechamento da agência do Banco do Brasil na cidade.

O encerramento das atividades da única instituição financeira de grande porte do município foi divulgado em nota pelo prefeito Eduardo Tavares e tem preocupado os 26 mil habitantes, inclusive o presidente da Câmara de Vereadores de Traipu, Etinho Dias.

“É a morte dos comerciantes, visto que a população vai ser praticamente transferida para Girau do Ponciano, quando em Campo Grande, aqui próximo, o número de habitantes é a metade do de Traipu e a agência funciona plenamente”, lamenta. "Não é uma decisão técnica, mas uma atitude que reflete na vida de todo mundo", completou. 

O vereador afirma que o fechamento do banco “vai acabar com o povo e gerar uma crise econômica no município”. De acordo com o parlamentar, apenas quatro municípios alagoanos possuem sede própria do BB e Traipu está entre eles. 

Entenda o caso

Eduardo Tavares informou que esteve reunido com a superintendente do Banco do Brasil para Alagoas, Shirlei Parise, e foi comunicado sobre o encerramento do trabalho da agência onde aposentados e servidores públicos recebem seus pagamentos, só para citar duas categorias que serão diretamente prejudicadas com o fim dos serviços, situação prevista para acontecer no final do próximo mês de novembro.

De acordo com o prefeito Eduardo Tavares, além de citar a crise nacional e medidas de economia adotadas pelo Banco do Brasil, a superintendência da instituição acrescenta mais um motivo para fechar a agência.

“No caso específico de Traipu, somavam-se outros fatores, tais como os sinistros ocorridos de 2016 para trás, como assaltos e explosões e o fato de o município, em épocas passadas, não haver repassado os valores relativos aos empréstimos consignados, feitos pelos servidores municipais e, em razão da judicialização do débito dos consignados, o banco ficava privado de realizar operações de crédito com os mencionados servidores, situação que acarreta grande prejuizo à instituição financeira”, informa o prefeito.