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Reitor da Uneal responde acusações do vice e diz que há chances de sair candidato

Por 7 Segundos Arapiraca com Assessoria 28/09/2017 12h12
Reitor da Uneal responde acusações do vice e diz que há chances de sair candidato
Professor e Reitor da Uneal, Jairo Campos. - Foto: Reprodução/Vídeo 7 Segundos

O reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Jairo Campos, enviou ao 7 Segundos uma resposta à matéria publicada na manhã dessa quarta-feira (27) onde foi informado o rompimento do mesmo com o vice, Clébio Araújo, que o acusou de utilizar a Universidade como campo eleitoral e anunciou que vai sair como candidato a reitor, mesmo sem o apoio de Jairo, nas próximas eleições.

Jairo Campos informou, na nota, que a prioridade dele não são as eleições 2018 e sim “o bom encaminhamento das questões da Uneal e sua comunidade acadêmica”. Sobre as próximas eleições, o reitor disse que há chances de sair candidato: “Uma possibilidade real e que, uma vez concretizada, faria o impossível para honrá-la. Entretanto, não cabe a minha vontade, mas à do povo e das nossas lideranças partidárias, a definição”.

Em relação a acusação de estar se utilizando da Universidade e dos cargos para se promover, Jairo disse que se trata de uma calúnia do vice e de pessoas que tentam a todo custo prejudicar a sua imagem. “Dizer que estamos usando o espaço acadêmico como 'campo para campanha' é, no mínimo, uma fraqueza para não dizer covardia daquele que nos acusa”, afirmou.

Confira abaixo o documento na íntegra:

RESILIÊNCIA E HUMILDADE: SENTIMENTOS DE POUCOS

Por Jairo José Campos da Costa, Reitor da Uneal, como direito de resposta

Caríssimos leitores, amados cidadãos alagoanos...

Em matéria publicada em 27.09.2017, por este canal, assinada pelo seu editorial, fui vítima de orquestrada calúnia. Assim, como pessoa pública e cidadão que sou, senti-me na obrigação de exercer o meu direito legal não só de responder à matéria, como de me defender do que considero uma atitude covarde daqueles que, por divergência ideológica ou simplesmente por interesses pessoais, tentam a todo custo, macular a minha imagem.

Dos fatos. De acordo com o editorial da matéria, o nosso vice-reitor teria dito que nós decidimos, ainda em 2014, seguir carreira política, uma vez que não poderíamos mais ser conduzidos à reitoria. Primeiro, negar esta afirmativa e dizer que a minha prioridade sempre foi, e continua sendo, o bom encaminhamento das questões da Uneal e sua comunidade acadêmica. Quem me conhece sabe, muito bem, que nunca deixei de priorizar esta instituição em qualquer situação. São, exatamente, 15 anos de doação integral à UNEAL desde que cheguei a Alagoas. Não é o meu perfil abandonar funções ou cargos para o qual fui eleito. Foi assim como diretor do Campus V, no Conselho Estadual de Educação – CEE e como atual reitor da Uneal.

É fato, e me sinto deveras lisonjeado, que tenho sentido na comunidade acadêmica, nas comunidades que visito e que conhecem o meu trabalho em defesa da educação, um anseio que eu confirme o meu nome para uma possível candidatura em 2018. Uma possibilidade real e que, uma vez concretizada, faria o impossível para honrá-la. Entretanto, não cabe a minha vontade, mas à do povo e das nossas lideranças partidárias, a definição.

Destaco que a assunção de cargos públicos, não se dá pela nossa vontade pessoal, mas dos outros, princípio básico da coisa pública que alguns não querem entender. Deste modo, reafirmo a nossa negação de que isso foi uma decisão de 2014 como afirmara, caluniosamente, o nosso vice. Dizer que estamos usando o espaço acadêmico como “campo para campanha” é, no mínimo, uma fraqueza para não dizer covardia daquele que nos acusa. O que nos legitima para pleitear um cargo no legislativo é o nosso trabalho frente a Uneal e o compromisso com a população sempre marginalizada como os povos indígenas, os quilombolas, os artistas populares, a comunidade LGBT, os filhos de agricultores e todos aqueles que vivem do trabalho honrado.

Reitero, por fim, meu compromisso ético e profissional com o povo alagoano e não permitirei que pessoas com pouco ou quase nada de capacidade de resiliência e humildade descontruam, com seus discursos odiosos, para um desserviço à comunidade e à Universidade Estadual de Alagoas. Minha educação e minha história de vida não me permitem esse tipo de comportamento.

Prof. Jairo José Campos da Costa

Reitor da Uneal

Cidadão