Alagoas

Apicultores de município alagoano devem colher 5 toneladas de mel em 2017

Primeira extração já rendeu mais de 600 quilos

Por 7 Segundos Arapiraca com ASA 22/09/2017 16h04
Apicultores de município alagoano devem colher 5 toneladas de mel em 2017
Apimar deve colher cerca de 5 toneladas de mel em 2017 - Foto: Elessandra Araújo/ASA-Alagoas

Unidos em torno de uma associação apoiada por entidades que orientam sertanejos a conviver e produzir no semi-árido nordestino, um grupo de apicultores colhe os resultados da produção de mel de abelha e seus derivados em Maravilha, município situado no Alto Sertão de Alagoas.

“A florada de plantas rasteiras da caatinga está muito boa devido às chuvas. Também, as colmeias estão em áreas que não se usa agrotóxico. Então, esses fatores garantem um mel puro, alimento mais saudável e maior produção”, disse animado o apicultor Amilton Bezerra dos Santos.

Segundo a assessoria da ASA-Alagoas, Amilton faz parte da Associação dos Apicultores de Maravilha (Apimar) e junto com outros 12 apicultores tem boas expectativas para a colheita de mel deste ano.

Somente na primeira extração de mel, eles colheram 652 kg de mel de qualidade e, portanto, há uma estimativa de que até o final deste ano, eles consigam coletar cerca de 5 toneladas de mel.

Os sócios da Apimar, cuja sede está localizada no Sítio São Luiz, em Maravilha, têm na apicultura uma alternativa para fortalecer a agricultura familiar. Para executar essa atividade de forma associada, eles participam de formações organizadas por entidades que integram a Articulação Semiárido Brasileiro em Alagoas (ASA- Alagoas) e outras entidades.

Atualmente, a Apimar conta com 28 apiários. A atividade é desenvolvida em pequenas áreas, porque as terras que eles dispõem são poucas e alguns dos apicultores precisam colocar os apiários em propriedades de amigos.

Esse fator contribui para que a quantidade de colmeias e a produção sejam diferenciadas entre os apicultores.

Embora haja diferença na quantidade de colmeias por apicultor, no período de extração do mel eles trabalham de forma associada e dividem os trabalhos em mutirão. Um grupo vai para as colmeias buscar as melgueiras e o outro fica na casa do mel para fazer a extração. Do total de mel obtido, cada apicultor repassa 10% para o fundo da Apimar. O fundo é para apoiar nas despesas da entidade.

Os associados se esforçam, desde 2008, para manter e ampliar a atividade de apicultura, mas para conseguir inserir o produto no mercado, é necessário o Selo de Inspeção Municipal (S.I.M).

E mesmo com a aprovação, em 2016, do Projeto de Lei do SIM no município de Maravilha, os apicultores dependem, dentre outras coisas, da constituição de uma equipe de inspeção com médicos veterinários e auxiliares de inspeção capacitados, mas isto ainda não foi feito. Esse é um dos fatores que dificultam o desenvolvimento da agricultura familiar e impedem o fortalecimento da economia local.