Arapiraca

Professora Graça espera providência divina para resolver greve dos professores

Presidente da Câmara de Arapiraca não acredita na concessão dos 7,64%

Por 7 Segundos 07/07/2017 11h11
Professora Graça espera providência divina para resolver greve dos professores
Professora Graça Lisboa espera - Foto: Arquivo/Câmara de Vereadores de Arapiraca

O fim da greve dos professores em Arapiraca depende de providência divina, conforme avalia a Presidente da Câmara de Vereadores, Professora Graça Lisboa Soares. Apesar de destacar a mediação do Poder Legislativo no impasse entre grevistas e prefeitura durante entrevista ao 7 Segundos, ela não acredita que os 7,64% reivindicados pela categoria sejam concedidos de imediato.

“Eu espero que a providência divina coloque um mecanismo para que seja dado esse reajuste de 7,64%, mas eu também sou muito realista e não acredito pessoalmente, eu professora Graça, não é a vereadora não, que a gente possa atingir os 7,64% agora”, disse a Presidente da Câmara ao repórter Cláudio Barbosa.

A Professora Graça Lisboa ressaltou ainda sua preocupação com o prejuízo causados aos estudantes, mas também é sensível aos apelos dos professores e aos dados revelados pelo Prefeito Rogério Teófilo.

“O momento é muito difícil, os professores têm suas razões, o prefeito tem suas razões e os pais dos estudantes são prejudicados porque os filhos estão sem escola. Como professora lamento demais, mas vejo o lado dos professores e o lado da prefeitura que assevera não ter condições de dar o aumento para este quadrimestre”, explicou a Presidente da Câmara que suspendeu o recesso legislativo para manter a mediação do diálogo entre grevistas e governo.

“Devido a Câmara ser a Casa do Povo, essa caixa de ressonância, nós entendemos que não seria interessante entrar em recesso, nós vamos continuar trabalhando até que o problema da educação em Arapiraca seja resolvido”, afirmou a Presidente do Poder Legislativo Municipal, ressaltando que não há viabilidade para a concessão imediata do reajuste salarial pedido pela categoria em greve há mais de 50 dias.

“Pode até ser, independentemente da arrecadação, que no mês de setembro, quando chegar o último quadrimestre, tenha uma arrecadação suficiente para o prefeito colocar mais do que os 2,33%. Eu espero que melhore tanto no percentual quanto no retroativo, que seja até a data-base, que avance pelo menos nisso aí, mas não acredito que o reajuste chegará aos 7,64%”, declarou Graça Lisboa.

Sobre a atuação da Câmara de Arapiraca na greve, ela enfatizou a isenção da casa legislativa. “O nosso papel não é ficar nem a favor e nem contra ninguém, é ver o que é melhor para a sociedade de Arapiraca, e neste momento, a Câmara está voltada a tentar resolver esse impasse para que não haja mais prejuízos para nossas crianças, nossos jovens, nossos adolescentes, a nossa posição é em prol do povo”, disse a presidente sobre os 17 vereadores arapiraquenses.

Graça Lisboa informou ainda que o núcleo regional do Sinteal solicitou da prefeitura o boletim informativo 1 e 2 da Educação e a folha de pagamento do mês de maio referente ao Fundeb. Sobre esses documentos, a Presidente da Câmara disse conversou com Rogério Teófilo e o prefeito informou sobre ajustes no boletim informativo porque servidores não fizeram o censo.

Assim que a documentação estiver concluída, Teófilo disse que à vereadora que encaminhará ao Ministério Público, ao Sinteal e para a Câmara de Vereadores. Graça Lisboa afirma que mantém contato diário com diversos setores da administração municipal, do Prefeito Rogério Teófilo às Secretarias de Educação, da Fazenda e de Administração e que estará na prefeitura na tarde desta sexta-feira (07) para se inteirar das visitas que a Secretaria de Educação faz nas unidades da rede municipal de ensino para avaliar o impacto da greve e a disponibilidade de merenda.