Justiça

Ângela Garrote se diz inocente e atribui crime a acusação infundada de ex-deputado

Por 7 Segundos 16/05/2017 11h11
Ângela Garrote se diz inocente e atribui crime a acusação infundada de ex-deputado
Ângela Garrote durante julgamento - Foto: Caio Loureiro/ TJ

A ex-prefeita do município de Estrela de Alagoas, Ângela Garrote (PP), vai a júri popular nesta terça-feira (16). Ela é acusada de ‘encomendar’ o assassinato de José Roberto Rezende Duarte ocorrido em março de 1999. O júri não terá testemunhas.

Em seu interrogatório, a ré negou participação no crime e disse ter sido vítima de uma acusação infundada do ex-deputado federal e já falecido, Helenildo Ribeiro. “Eu tenho certeza que essa acusação tem motivação política. É uma pena que quem fez isso comigo, que foi o deputado Helenildo Ribeiro, não está aqui pra responder.” Ela afirmou que só foi chamada pela polícia para depor depois que o deputado a denunciou, lá em Brasília, quando era deputado federal.

A ex-prefeita disse ainda que sempre se deu bem com a família da vítima. “Sempre me dei bem com a viúva e com toda a família. Inclusive depois de tudo isso que aconteceu, cuidei da mãe dele”.

Após o interrogatório foi dado início aos debates.

O julgamento está sendo realizado no Fórum da Capital alagoana e presidido pelo juiz John Silas, no Barro Duro. Entretanto, o julgamento estava previsto para ser realizado em Palmeira dos Índios, mas o local foi mudado, pois nessa cidade havia a presença, leia-se influência da família da ré. Em 2015, o caso foi transferido para Maceió. O promotor responsável pela acusação é José Antônio Malta Marques. Já o advogado Raimuindo Palmeira faz a defesa da ré.

O caso

Segundo a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP-AL), o crime ocorreu no povoado Canafístula, em Palmeira dos Índios. A vítima foi morta a tiros por três homens que se passaram por policiais.

À época, a gestão do prefeito da cidade, marido de Ângela, estava sendo alvo de denúncias por parte da vítima que fez apelo aos meios de comunicação e apresentou irregularidades na prefeitura.

A defesa de Ângela Garrote alega que ela não teve envolvimento com o crime. A ré foi pronunciada em maio de 2013 e será julgada por homicídio duplamente qualificado (mediante paga ou promessa de recompensa e à traição, por emboscada ou mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima).