Cidadania

"Foi um alívio descobrir o autismo de minha filha", diz a mãe especial Luciana Barros

Por 7 Segundos Arapiraca 12/05/2017 17h05
'Foi um alívio descobrir o autismo de minha filha', diz a mãe especial Luciana Barros
Luciana Barros e a filha autista Elita Veras: uma convivência de amor e solidariedade - Foto: Josival Meneses/ 7Segundos

O Portal 7 Segundos faz uma homenagem às mães, pelo Dia das Mães, no próximo domingo (14), com a publicação de uma série de matérias sobre mães especiais de Arapiraca. Nesta reportagem você vai conhecer uma mãe especial que tem uma filha especial autista. Feliz Dia das Mães!

Luciana Barros Pereira, de 46 anos, é mãe de três filhos. Todos recebem o amor incondicional de mãe, mas a filha mais nova precisa de cuidados especiais. Ela nasceu com autismo, um transtorno do desenvolvimento do cérebro, que afeta mais de 70 milhões de pessoas no mundo.

Até os seis anos de idade de Elita Veras, Luciana Barros não sabia, de fato, qual seria o problema da filha e viveu uma grande angústia. Mas, só descobriu o autismo depois da cobrança das escolas, onde ela estudou por não saber como lidar com a menina que tinha um comportamento diferente dos demais alunos.

"Pra mim foi um alívio porque o diagnóstico de Elita foi muito tardio. Foi com quase 6 anos, mas desde quando ela estava dentro da minha barriga eu sabia que ela era diferente dos outros filhos", disse Luciana Barros.

"Não sei se é coração de mãe, não sei o que foi, mas senti que ela era diferente e precisava de cuidados mais que os outros", relatou Luciana Barros, que no período da gravidez cuidava do pai, Antônio Aristides, que estava com câncer.

Depois que o pai faleceu, Luciana Barros, afirmou que  a bebê se enrolou no cordão umbilical e nasceu antes do tempo, porque o cordão umbilical estava sufocando a menina.

"Era totalmente diferente e precisava mais de mim do que outra criança", previu a mãe, afirmando que Elita Veras teve paralisia facial ainda dentro da barriga. Luciana Barros procurou psicólogos, neurologistas e percorreu consultórios e depois do diagnóstico com ajuda desses profissionais descobriu que a filha tinha autismo.

A convivência social foi fundamental para a menina, embora ela não fale muito. Elita Veras começou a frequentar a equoterapia desde um ano e dez meses, no Centro Multidisciplinar Tarcizo Freire. Hoje a menina tem 13 anos de idade e também frequenta o Espaço Trate, da Prefeitura de Arapiraca, há cinco anos, o que tem ajudado muito no desenvolvimento de Elita Veras. 

"Graças a Deus ela se desenvolveu bastante com a ajuda desses multiprofissionais. O desenvolvimento do autismo não depende só da terapia, depende também da gente em casa. O que eles fazem lá a gente tem que dar continuidade. Se não for mãe de verdade e não ter orgulho, e não ter vergonha, isso é fundamental para ela sentir que faz parte de nós", afirmou Luciana Barros.

Aos 13 anos, Elita Pereira Veras é tratada como uma pessoa normal. Passeia com a mãe e a família e gosta muito de ir ao shopping. Ela tem uma vida cheia de afeto, carinho e amor com todos que a amam.

"Não é fácil. É cansativo. Mas, o amor é maior que qualquer situação que nos impeça de viver em harmonia e com amor com um filho nosso", Luciana Barros é uma mãe especial.


Elita Pereira Veras, 13 anos, tem orgulho de ter uma mãe que se orgulha da filha que tem.