Política

Sérgio Cabral chega ao Rio e vai para o presídio de Bangu 8

Por 7 Segundos com Agência Brasil com 7 Segundos com Agência Brasil 18/12/2016 08h08
Sérgio Cabral chega ao Rio e vai para o presídio de Bangu 8
Ex-governador do Rio, Sérgio Cabral preso - Foto: Reprodução / whatsapp

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi transferido hoje (17) da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, para o presídio de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro.

A transferência de Cabral para Curitiba ocorreu há uma semana, devido a suspeitas não confirmadas de que ele estaria gozando de privilégios no presídio carioca. Cabral saiu hoje de Curitiba por volta das 12h, segundo a Polícia Federal. Após cerca de 1h30 de voo, desembarcou no Aeroporto Internacional do Galeão.

O ex-governador está preso há um mês, após virar réu em ação na Justiça Federal do Rio de Janeiro, acusado dos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e corrupção passiva, apontados nas investigações da Operação Calicute.

De acordo com a Polícia Federal, Cabral liderava um esquema de corrupção que envolvia pagamento de propinas e lavagem de dinheiro, com o apoio da esposa, Adriana Ancelmo, e outras quatro pessoas. 

De Curitiba para Bangu, no Rio

O desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, determinou ontem (16), que Cabral retornasse ao presídio do Rio de Janeiro, acatando pedido de habeas corpus apresentado pela defesa.

Na decisão, o desembargador esclareceu que a Lei de Execução Penal, ao tratar de cadeia pública, onde devem permanecer os presos provisórios, estabelece que os custodiados sejam mantidos em local próximo da família.

Ontem, Cabral e outras seis pessoas se tornaram réus no âmbito da Operação Lava Jato, incluindo a ex-primeira dama. Cabral é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por ter recebido, segundo a denúncia, R$ 2,7 milhões em propina desviada de um contrato da Petrobras com a empreiteira Andrade Gutierrez para realização de serviços de terraplanagem nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Após aditivos, o contrato, que no início foi de R$ 819,8 milhões, ultrapassou R$ 1,17 bilhão, destacaram os procuradores autores da denúncia aceita pelo juiz Sérgio Moro.