Alagoas

Associação de Catadores precisa de matéria-prima para se manter no Agreste

Por 7 Segundos 12/08/2016 06h06
Associação de Catadores precisa de matéria-prima para se manter no Agreste
- Foto: Cortesia / PMA

O papelão é uma das principais matérias-primas para o processo de reciclagem. É dele que a Associação de Catadores de Resíduos Sólidos de Arapiraca (Ascara) precisa para se manter no município de Arapiraca, no Agreste de Alagoas.

A Ascara já chegou a comercializar 11 mil quilos de papelão. Hoje, o produto está escasso devido a falta de sensibilização da população a respeito da coleta seletiva.

Maria do Socorro da Silva é uma das catadoras que sobrevive da produção da Associação de Catadores há dois anos. Ela afirma que há nove pessoas atualmente como membros da Ascara.

Mesmo com a contribuição da Prefeitura de Arapiraca, por meio das secretarias municipais de Meio Ambiente e Assistência Social, com transporte para os associados, além de parcerias com empresas da região que fornecem o lixo reciclável.

"Assim, a gente vai sobrevivendo para se manter e, também, manter a associação", disse dona Maria do Socorro.

Outro membro da Ascara, Ednelson Felismino Silva afirmou que o trabalho de catador é gratificante, mesmo sendo menos rentável do que trabalhar nos lixões da cidade.

'Precisamos recolher papelão e sem esse produto nosso trabalho fica ameaçado. Quanto mais papelão for fornecido para a associação nossa renda melhora, mas trabalhar no lixão ainda é mais lucrativo", comparou Ednelson Silva.

Central de Tratamento de Resíduos

O secretário municipal de Meio Ambiente, Ivens Barboza, declarou que a ideia da associação surgiu em 2013 e a Prefeitura de Arapiraca conseguiu uma sede própria da Ascara, que funciona no Sítio Mocó, zona rural do município.

Ivens Barboza afirmou que a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) foi instalada esse ano nas imediações da Vila São José, entre os municípios de Arapiraca e Craíbas.

"São esforços concentrados que buscam alternativas dentro das normas técncas e ambientais para o descarte do lixo e a CTR vai receber resíduos domiciliares e comerciais, além da construção civil em um local apropriado para receber esse tipo de lixo", avaliou Ivens Barboza.

O município de Arapiraca produz diariamente 540 toneladas de lixo. Na região, há o Consórcio Regional de Resíduos Sólidos do Agreste Alagoano (Conagreste) com a participação de 20 municípios com a finalidade de implantar políticas públicas para o tratamento e destinação dos resíduos sólidos.

"Implantamos também o Plano Intermunicipal de Resíduos Sólidos para incentivar a coleta seletiva, que é um trabalho de conscientivação e precisamos atrair mais catadores para esse trabalho, uma vez que a tendência é acabar com os lixões nos municípios", disse Ivens Barboza.

O secretário de Meio Ambiente afirmou que vai se reunir com os 20 prefeitos do Conagreste para tratar sobre curso de coleta seletiva para capacitar os gestores municipais.

"Capacitar os gestores é um passo importante para que os municípios possam investir em educação ambiental e também conscientizar a população para a prática da seleção do material e assim se tornar hábito o lixo seletivo", concluiu Ivens Barboza.

As empresas que quiserem contribuir com a Associação de Catatores de Resíduos Sólidos de Arapiraca (Ascara) podem ligar para o número (82) 9.9937-4629 e falar com a catadora Maria do Socorro da Silva.