Maceió

Caso Abinael: quarto suspeito presta depoimento e acaba preso; tese de homicídio ganha força

Por 7 Segundos 22/06/2016 19h07

Uma quarta pessoa foi detida por um suposto envolvimento no desaparecimento do jovem Abinael Ramos Saldanha, ocorrido no último dia 15. A prisão ocorreu nesta quarta-feira (22), logo após o homem prestar um novo depoimento na sede da Deic, localizada no bairro da Santa Amélia. Com isso a polícia está mais perto de desvendar por completo o caso. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira, o encaminhamento das investigações apontou para um suposto homicídio do jovem, motivado por questões relacionadas ao trabalho dele.

O quarto detido, identificado apenas como Regivaldo Clementino, já havia prestado depoimento na sede da Deic e foi convocado para prestar novamente esclarecimentos. O homem ocuparia no escritório da empresa em Sergipe a mesma função de Abinael em Maceió, mas havia uma disparidade de resultados entre as unidades. O escritório da capital de Alagoas estaria com rendimentos superiores aos registrados em Sergipe, o que pode indicar uma desavença profissional. 

O terceiro detido, ainda na terça-feira (22) também trabalhava com Abinael. Ericksen Dowell estaria sendo treinado pelo desaparecido para ocupar o cargo de supervisor do escritório em Maceió. Ele foi apontado como autor material do provável homicídio. 

O carro de Ericksen, um Peugot de cor bege, foi periciado no pátio da Deic, na tarde dessa quarta-feira. Mas o delegado responsável pelo caso, Ronilson Medeiros, preferiu continuar mantendo a investigação em sigilo.

“Não tive acesso as informações repassadas pelo delegado-geral. Estamos encaminhado o caso, mas tudo só será divulgado de forma oficial após a conclusão”, afirmou.

Além do celular de Abinael e do veículo de Ericksen, a polícia apreendeu os celulares dos suspeitos e um notebook

Outros dois presos

Paulo Cerqueira ressaltou que o repasse do celular de Abinael acabou fortalecendo uma determinada linha de investigação. Segundo a polícia, o celular foi vendido no dia do desaparecimento do jovem e logo após o caso ganhar repercussão a pessoa que realizou a venda foi até o comprador reaver o aparelho. De imediato os investigadores relacionaram o caso a alguém próximo ao jovem e a partir de então o mistério passou a ganhar seus primeiros encaminhamentos para um desfecho.

A Polícia Civil chegou até a localização do celular através de um programa de rastreamento. O aparelho estava na posse de Jalves Ferreira Rocha da Silva, que foi localizado e preso em uma praça, no bairro do Clima Bom, ainda na noite da última segunda-feira (20). A prisão foi mantida em sigilo e divulgada apenas na noite dessa terça-feira. A segunda pessoa detida foi identificada Alfredo Fragoso Sobrinho, 41. Ambos tiveram a prisão temporária decretada por 30 dias pela 17ª Vara Criminal. 

Alfredo já havia sido detido, em 2014, em uma operação realizada pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público Estadual (Gecoc). O suspeito integraria uma quadrilha de roubo de veículos em vários estados.