Alagoas

Mãe é suspeita de matar a própria filha e Polícia Civil impede funeral de adolescente

Por 7 Segundos 25/05/2016 14h02
Mãe é suspeita de matar a própria filha e Polícia Civil impede funeral de adolescente
Conselheiro Tutelar de Girau - Foto: Josival Meneses / 7 Segundos

Agentes da Polícia Civil e membros do Conselho Tutelar de Girau do Ponciano, no Agreste de Alagoas, impediram o funeral de uma adolescente nessa terça-feira (24), após receberem informações de que a mãe poderia ter sido responsável pela morte da filha.

Edneide Ferreira dos Santos, de 16 anos, foi internada no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca, devido a uma insuficiência renal, mas seu quadro se agravou e ela foi encaminhada para o Complexo Hospitalar Manoel André (Chama), também em Arapiraca.

Denúncias

O Conselho Tutelar recebeu uma denúncia de vizinhos da jovem de que no início do mês ela teria sido brutalmente agredida pela mãe, que se utilizou, inclusive, de uma faca durante o espancamento.

De acordo com o presidente do Conselho Tutelar de Girau do Ponciano, Flávio Rodrigues, a garota estava cheia de cortes e hematomas pelo corpo.

"Depois que Edneide foi agredida, no dia 6 de abril, ela foi atendida no hospital e relatou para os conselheiros que a mãe tinha sido a responsável pelo espancamento", disse.

Ainda segundo Flávio Rodrigues, ao conversar com a mãe da jovem para comprovar a história, ela disse que agrediu a filha e voltaria a agredir porque a filha é dela.

"Encaminhamos o caso par a 56ªDelegacia de Polícia (DP), em Girau, que ficou responsável pelas investigações", afirmou Flávio Rodrigues.

Quando souberam da morte de Edneide, os conselheiros denunciaram o caso também ao Ministério Público Estadual (MPE).

Durante o enterro, que estava sendo realizado nessa terça-feira, a Polícia Civil retirou o corpo do funeral e o encaminhou para o Instituto Médico Legal (IML), para que seja realizada uma necropsia.

"Precisamos saber se a morte de Edneide pode ter tido alguma relação com as agressões sofridas", concluiu o conselheiro. 

Assista a entrevista do conselheiro tutelar, Flávio Rodrigues, sobre o caso: